Rede de Museus do Vinho vai criar observatório' online' em 2017

A Rede de Museus Portugueses do Vinho vai criar em 2017 um observatório ‘online’ para conhecer melhor as entidades que a constituem, saber que histórias contam, que coleções possuem, que públicos atraem e divulgar o trabalho desenvolvido.

Criada no seio da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), a rede junta ainda os museus de Alcobaça, do Douro, do Vinho da Bairrada, do Vinho de Bucelas, Vinho Verde Alvarinho de Monção, Vinho de Alenquer, Quinta/Museu do Sanguinhal e o Centro Interpretativo do Vinho Verde de Ponte Lima.

Alberto Guerreiro, coordenador da rede e diretor do Museu do Vinho de Alcobaça, disse hoje à agência Lusa que 2017 vai ser “um ano importante” para a “consolidação” e para dar a conhecer os objetivos desta estrutura.

O responsável, que falava à margem do II Encontro Nacional de Museus do Vinho, que decorre até sexta-feira no Peso da Régua, referiu que vai ser criado um observatório ‘online’, que desenvolverá um inquérito pelas estruturas que tenham património museológico ligado ao vinho.

“Este observatório vai ter um papel fundamental na compreensão dos museus do Vinho, uma realidade que é ainda um pouco desconhecida”, salientou Alberto Guerreiro.

Será, explicou, um “instrumentos fundamental para se ter uma ideia do que existe”, que “coleções é que possuem, que histórias contam, que parcerias desenvolvem e que públicos têm”.

Em janeiro, a rede terá também uma página na Internet que, numa primeira fase, vai estar agregada à AMPV.

Durante o próximo ano esta estrutura quer ainda realizar a terceira edição do Encontro Nacional de Museus do Vinho e organizar um congresso europeu, uma iniciativa que contará com o apoio da Rede Europeia de Cidades do Vinho.

Será ainda, segundo o responsável, realizada uma missão técnica, ou seja, uma visita aos museus de Espanha e de França com o objetivo de criar parcerias para o congresso europeu.

Alberto Guerreiro disse que se pretende-se ainda reeditar uma publicação que já foi feita há uns anos, no seio do Museu do Douro, e que é “um roteiro atualizado do vinho”, e serão implementadas formações a nível dos serviços educativos, documentação e enologia para os parceiros, as quais poderão também chegar a outras entidades fora da rede.

José Arruda, da ANMV, lembrou que na segunda-feira, em Lamego, vai decorrer a assembleia desta associação, após a qual será anunciada a Cidade do Vinho 2017.

Foram apresentadas candidaturas por parte dos municípios de Vila Nova de Foz Côa, Torres Vedras e Alenquer, Pinhel, Madalena (Pico, Açores) e Moura.

O II Encontro Nacional dos Museus do Vinho tem como objetivo estabelecer uma reflexão sobre a realidade inerente à museologia ligada ao património vinhateiro em Portugal e pretende ainda lançar o debate sobre o futuro desta temática.


Conteúdo Recomendado