Marcelo Rebelo de Sousa quer que se pense "a sério” o ordenamento do território

O Presidente da República defendeu hoje a necessidade de começar a “pensar a sério” em tratar o ordenamento do território logo no final de agosto, início de setembro, durante uma visita a áreas ardidas na região de Gouveia.

Marcelo Rebelo de Sousa declarou ser preciso pensar “o que se vai fazer para que não seja possível no futuro ninguém saber bem a quem pertencem certas terras, quem cuida delas” a fim de se prevenir situações de incêndios florestais em anos futuros.

“Agora a grande urgência é apoiar os que estão ainda em luta, em combate ou têm de estar, pelo menos, em alerta por estes dias e dar-lhes uma palavra de gratidão”, continuou o chefe de Estado, frisando que, depois, não se pode “deixar arrefecer” a questão.

O Presidente da República, que vai também homenagear o escritor Virgílio Ferreira, por ocasião do centenário do seu nascimento no concelho de Gouveia, desloca-se ainda hoje à tarde à Madeira e o chefe do Governo, António Costa, segue para o Funchal na quinta-feira.

Costa vai reunir-se com o Governo Regional madeirense e com os presidentes dos três municípios mais afetados pelo fogo.

Três pessoas morreram na terça-feira, no Funchal, na sequência dos incêndios que deflagraram no concelho na segunda-feira. O Governo Regional da Madeira adiantou que uma pessoa está dada como desaparecida.

O fogo provocou ainda dois feridos graves, cerca de mil desalojados, entre residentes e turistas, e muitas casas e um hotel (Choupana Hills) foram consumidos pelas chamas.

Os prejuízos materiais são avultados, mas não estão ainda contabilizados.

Cerca de 115 efetivos de Lisboa e outros 30 dos Açores foram enviados para a Madeira para reforçar as equipas no combate aos incêndios.


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