“É o início de um projeto que vai demorar anos e desenvolver-se em várias fases para melhorar as acessibilidades rodoviárias e a mobilidade, mas também a circulação pedonal, numa das zonas mais dinâmicas e populosas da cidade”, disse o presidente da autarquia à agência Lusa.
Sérgio Costa lembrou que a avenida em causa serve “cinco grandes superfícies comerciais, dois centros escolares, vários bairros habitacionais e o acesso à A25”.
Por isso, trata-se de uma empreitada com “alguma complexidade”, atendendo à intensidade do trânsito nesta artéria nas horas de ponta, bem como à necessidade de renovar as infraestruturas básicas enterradas.
“Apesar destes condicionalismos, espero que os trabalhos possam ter o seu fim no mais curto espaço de tempo possível”, afirmou.
A requalificação vai ocorrer numa extensão de 850 metros da Avenida de São Miguel, entre a Rotunda do Anjo e o Largo 1º de Maio, mas também nalguns arruamentos adjacentes, e tem um prazo de 180 dias, tendo sido adjudicada à empresa Opualte.
A intervenção destina-se a ordenar a circulação rodoviária e pedonal, contemplando ainda a criação de zonas de estacionamento e a instalação de novas infraestruturas de saneamento, abastecimento de água, elétricas e de telecomunicações.
Está igualmente prevista a criação de duas rotundas, no acesso ao Centro de Saúde de São Miguel e no Largo 1º de Maio, junto à ponte dos caminhos-de-ferro.
“Esta requalificação trará nova vida a esta zona da cidade, tornando-a funcional, segura e moderna. No futuro, esta avenida não será só local de passagem, mas será também uma zona de convívio e de encontro”, disse o presidente do município.
O arranque dos trabalhos está agora dependente do visto do Tribunal de Contas. A segunda fase da requalificação da Avenida de São Miguel, entre o Largo 1º de Maio e a Rasa, avançará após a conclusão desta empreitada. Está ainda prevista uma terceira fase, entre as rotundas do Parque Urbano do Rio Diz e do Anjo.
“Todas estas fases, que terão um valor idêntico, vão ser candidatadas ao Portugal 2030. Só assim é possível a Câmara da Guarda poder executar estas obras”, sublinhou Sérgio Costa.
“É uma das grandes obras que irão marcar os próximos 20 anos em termos de urbanismo e mobilidade na cidade”, considerou o autarca, que lembrou que, “nos últimos dois anos e meio, investiu-se cerca de 20 milhões de euros em várias obras na Guarda, já praticamente todas concluídas”.
