Incêndios
A área ardida este ano caiu para metade em relação ao ano passado, mas os incêndios aumentaram cerca de 15 por cento, tendo contribuído os fogos registados em outubro, segundo os dados provisórios da Autoridade Florestal Nacional (AFN).
O relatório provisório de incêndios florestais da AFN indica que entre 01 de janeiro e 31 de outubro arderam 70.193 hectares de florestas, menos 62.795 hectares do que no mesmo período do ano passado, quando a área ardida se situou nos 132.988.
A AFN adianta que entre janeiro e outubro foram afetados 20.161 hectares de povoamentos florestais e 50.032 de matos.
Já as ocorrências de fogo aumentaram este ano, tendo-se registado 25.318, mais 3.455 do que no mesmo período do ano passado, quando se verificaram 21.863 incêndios.
Para estes números contribuíram os incêndios de outubro, mês “relativamente atípico quando comparado com as médias mensais da última década”.
O relatório refere que outubro concentrou aproximadamente 31 por cento das ocorrências (7.747) registadas desde janeiro e cerca de 35 por cento do total da área ardida (24.585), tendo sido o mês com os valores mais altos.
Os dados provisórios indicam também que o maior número de ocorrências se registou no distrito do Porto, sendo que das 6.482 ocorrências verificadas 90 por cento correspondem a fogachos, afetando áreas inferiores a um hectare.
Os distritos de Braga, Aveiro, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu apresentam também um número elevado de registos com valores superiores a duas mil ocorrências, sendo o de Vila Real aquele que regista o número mais alto de incêndios florestais (916).
Segundo a AFN, quase 50 por cento da área ardida até outubro foi contabilizada nos distritos de Bragança, Guarda e Vila Real.
O relatório refere ainda que até outubro se registaram 112 grandes incêndios (área total afetada igual ou superior a 100 hectares), correspondendo a 53 por cento do total da área ardida.
A época mais crítica em incêndios florestais terminou a 30 de setembro, mas devido às condições meteorológicos favoráveis à progressão de fogos, o Governo reforço o dispositivo de combate a incêndios até 31 de outubro.