Em Vila Nova de Famalicão, no final de uma visita à fábrica de algodão Hidrofer, Ana Abrunhosa disse ainda que os programas operacionais regionais já quadruplicaram a dotação que tinham.
“Tivemos, de forma surpreendente, uma avalanche de candidaturas e os programas operacionais regionais quadruplicaram a dotação que tinham, e, portanto, neste momento estimamos vir a apoiar projetos num montante superior a 100 milhões de euros”, referiu.
Os projetos aprovados são financiados em 80% a fundo perdido e os seus prazos de execução têm de ser obrigatoriamente curtos.
“Já temos um conjunto de avisos para empreas que adaptaram a sua produção para ajudar a combater a pandemia”, referiu.
Como exemplo, apontou o caso da Hidrofer, que normalmente se dedicada à produção de cotonetes, discos de limpeza e outros produtos de algodão mas que, com a pandemia, começou também a produzir zaragatoas, para os testes de despistagem ao covid-19.
Isto, como salientou Ana Abrunhosa, numa fase em que Portugal “estava totalmente dependente do exterior e em que as zaragatoas escasseavam”.
“Esta empresa, usando todo o conhecimento e ‘know how’ que tem, passou a produzir zaragatoas”, disse a ministra.
Para a governante, aquele é “um excelente exemplo” de projetos que o Governo quer apoiar, não só porque estimulam a produção nacional de produtos de que o país era dependente do exterior, mas também porque podem ser exportados.
Ana Abrunhosa vincou que a reinvenção da produção foi ainda uma maneira de muitas empresas não fazerem ‘lay-off’ e aumentarem a sua competitividade, “com produtos que representam maior valor acrescentado”.
A ministra da Coesão Territorial lembrou que o quadro comunitário Portugal 2020 está em fase de conclusão e que esta ocasião é sempre uma oportunidade para reprogramar os programas operacionais regionais, que representam quase 8 mil milhões de euros.
“Considerando que estamos na parte final do quadro comunitário e considerando a pandemia, porque o mundo mudou, estamos a reprogramar, a canalizar as verbas para áreas como esta [empresarial], mas também é muito importante nesta fase de pandemia estimular o investimento público, no nosso caso sobretudo municipal”, afirmou.
Assim, a ministra está a reunir com as comunidades intermunicipais (CIM) e os presidentes de câmara, para concertar a forma de acelera a execução do Portugal 2020 no contexto dos programas operacionais regionais.
Nesta semana, a governante está a ter reuniões com CIM e autarcas da região norte.
“O objetivo é colocar as verbas rapaidamente na economia”, disse ainda Ana Abrunhosa.