Ana Abrunhosa e Ana Mendes Godinho no novo governo de António Costa

Ana Abrunhosa vai assumir a nova pasta do Ministério da Coesão Territorial e Ana Mendes Godinho será ministra do Trabalho e da Segurança Social.

O XXII Governo Constitucional, ontem apresentado pelo primeiro-ministro ao Presidente da República, é mais paritário do que o primeiro de António Costa. 14 ministros mantêm a pasta e há cinco novos ministros.

Ana Mendes Godinho, com raízes familiares em Vila Nova de Foz Côa, ex-secretária de Estado do Turismo e cabeça de lista do PS pela Guarda vai assumir a pasta do Trabalho e Segurança Social. Enquanto, Ana Abrunhosa, natural da Mêda, atual presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro, vai assumir a nova pasta do Ministério da Coesão Territorial.


Dezanove ministros – oito mulheres e 11 homens. A paridade de género melhora significativamente com o XX Governo Constitucional, ontem apresentado pelo primeiro-ministro ao Presidente da República, de acordo com a lista publicada no site da Presidência. A presença de mulheres passa a ter um peso de 42,1% (contra 29,4% no Governo ainda em funções).

António Costa tentou dar ao novo Executivo um sentido de estabilidade face ao anterior: 14 ministros mantêm-se à frente das mesmas pastas.
Entram cinco novos: Ana Abrunhosa (ministra da Coesão Territorial), Maria do Céu Albuquerque (transita da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional para ministra da Agricultura), Ricardo Serrão Santos (Mar), Alexandra Leitão (que passa de secretária de Estado da Educação para ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública) e Ana Mendes Godinho (que sobe de secretária de Estado do Turismo para ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social).
Deixam o Governo Capoulas Santos (Agricultura), José António Vieira da Silva (Trabalho e Segurança Social), Ana Paula Vitorino (Mar).

O chefe do Governo cria quatro novos ministros de Estado (não existe nenhum atualmente), reforçando o núcleo central do executivo socialista: Negócios Estrangeiros (Augusto Santos Silva), Finanças (Mário Centeno), Presidência (Mariana Vieira da Silva) e Economia e Transição Digital (Pedro Siza Vieira).

Fonte governamental justifica a criação dos novos ministros de Estado pela necessidade de libertar o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros para a presidência da União Europeia (no 1.º semestre de 2021), com António Costa a apostar num “governo coeso, estável, com competência técnica e política e mais paritário”.


A tomada de posse será marcada para a semana, “em data a determinar depois da publicação do mapa oficial da eleição realizada em 6 de outubro e da primeira reunião da Assembleia da República”. Segundo a nota de Belém, “o Presidente da República deu o seu assentimento à proposta que será oportunamente complementada com os restantes Secretários de Estado”.


Conteúdo Recomendado