O ano de 2018 também promete trazer vida nova às aldeias do interior do país atingidas pelos incêndios.
A rede das Aldeias do Xisto acaba de lançar o portal BOOK IN XISTO, onde é possível fazer reservas de alojamentos, restaurantes, passeios de bicicleta, descidas de rio e todas as atividades que é possível fazer em cada uma destas aldeias (como fazer pão ou queijo). A plataforma de reservas permite pagar diretamente com cartão de crédito ou de multibanco, além de poder funcionar em telemóveis ou smartphones.
“O Book in Xisto é um agregador de toda a oferta que existe nas aldeias do xisto, é uma ferramenta que permite fazer reservas, de forma muito prática nestas aldeias e puxar por estes territórios”, salienta Rui Simão, coordenador da AdxTur, entidade que gere a rede das Aldeias do Xisto.
A Book in Xisto é uma espécie de Booking à medida das aldeias do xisto, mas com diferenças relevantes: é um canal de venda direta para os parceiros proprietários dos alojamentos ou outras unidades turísticas, aos quais não são cobradas quaisquer comissões.
“Ao contrário da Booking, onde uma pessoa começa por querer ir a um sítio e acaba por ir para outro, as reservas aqui são canalizadas para o território das aldeias do xisto”, frisa Rui Simão.
Lançada com o apoio do Turismo de Portugal, a plataforma Book in Xisto já está disponível para utilização, mas ainda em fase de carregamento, sendo o objetivo vir a reunir toda a oferta turística envolvendo mais de uma centena de parceiros que fazem parte da rede. “É um projeto único em Portugal, e para estes territórios rurais também significa assumir que o futuro está no digital”, salienta o coordenador da rede de aldeias.
As vagas de violentos incêndios ocorridas este ano no território das aldeias do xisto foi a “chave que fez correr mais rápido o lançamento da plataforma de reservas”, numa “primeira reação comercial de ativação dos fluxos turísticos”, como adianta Rui Simão.
“É inegável que este ano o negócio turístico nas aldeias foi afetado de forma direta”, refere Rui Simão, frisando que os impactos incêndios também fizeram aumentar “a determinação em recuperar estas aldeias com tudo o que elas têm a oferecer”.
A rede das Aldeias do Xisto é composta por 27 aldeias em 19 municípios no interior do centro do país: Benfeita e Vila Cova de Alva, no concelho de Arganil, Martim Branco, Sarzedas e Sobral de São Miguel, no concelho de Castelo Branco, Casal de São Simão, no concelho de Figueiró dos Vinhos, Barroca e Janeiro de Cima, no concelho do Fundão, Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena, no concelho de Góis, Candal, Casal Novo, Cerdeira, Chiqueiro e Talasnal, no concelho da Lousã, Gondramaz, no concelho de Miranda do Corvo, Álvaro, no concelho de Oleiros, Aldeia das Dez, no concelho de Oliveira do Hospital, Fajão e Janeiro de Baixo, no concelho da Pampilhosa da Serra, Mosteiro, no concelho de Pedrógão Grande, Ferraria de São João, no concelho de Penela, Figueira, no concelho de Proença-a-Nova, Pedrógão Pequeno, no concelho da Sertã, e Água Formosa, no concelho de Vila de Rei.
“O ano de 2018 vai ser para nós um segundo recomeçar depois das vagas de incêndios, até nas histórias que vamos contar”, salienta o coordenador da rede das Aldeias do Xisto. “Sabemos que o próximo verão vai ser difícil, mas estamos ainda mais convictos na recuperação, os nossos produtos vai ficar ainda mais qualificados e os portugueses não deixarão de vivenciar o que temos a oferecer. O ano de 2018 vai ser melhor para as aldeias do xisto do que 2017, é essa a nossa esperança”.