Aldeia Velha receptiva ao projecto “Self Prevention”

Freguesia do concelho do Sabugal é uma das primeiras localidades portuguesas interessadas em disponibilizar terrenosA Junta de Aldeia Velha, no concelho do Sabugal, é uma das primeiras freguesias portuguesas – a outra é Bruçó (Mogadouro) – a manifestar interesse em disponibilizar terrenos para o pastoreio de cabras e acolher equipamentos no âmbito do programa “Self […]

Freguesia do concelho do Sabugal é uma das primeiras localidades portuguesas interessadas em disponibilizar terrenosA Junta de Aldeia Velha, no concelho do Sabugal, é uma das primeiras freguesias portuguesas – a outra é Bruçó (Mogadouro) – a manifestar interesse em disponibilizar terrenos para o pastoreio de cabras e acolher equipamentos no âmbito do programa “Self Prevention”, promovido pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Duero-Douro.

«Estamos a dar os primeiros passos no terreno e esperamos que o projecto esteja em marcha durante o primeiro semestre de 2011. Em 2017 esperamos que todos os equipamentos estejam construídos e a funcionar», disse o coordenador-geral da iniciativa, José Luís Pascual. O “Self Prevention: Modelo Auto Organizativo para a Prevenção de Incêndios Florestais” consiste em introduzir cerca de 150 mil cabras no espaço territorial transfronteiriço de Portugal e Espanha para combater os fogos e contribuir para o desenvolvimento das economias locais. O projecto, que implica um investimento inicial de cerca de 49 milhões de euros, assenta num método natural para a limpeza das florestas e dos campos. É que serão as cabras a “limpar” os campos agrícolas abandonados e montes, «deixando livres de vegetação zonas de potencial perigo de incêndio», acrescentou José Luís Pascual.

De resto, o responsável sublinha que o projecto assenta num modelo que garante a sustentabilidade social, económica e ambiental das zonas raianas dos distritos da Guarda e de Bragança, bem como das províncias espanholas de Zamora e Salamanca. Irá implantar-se num território fronteiriço, num total de 9 mil quilómetros quadrados, com 125 mil habitantes, e envolverá 187 entidades públicas dos dois países, estimando os promotores que venha a gerar uma rentabilidade anual de 30 milhões de euros.

A sua sustentabilidade económica será assegurada com a criação de uma empresa de participação pública e privada para a recuperação da cabra no território da AECT. Os agricultores que apostarem nesta iniciativa recebem uma acção da dita empresa por cada cabra que coloquem no projecto, enquanto os proprietários de terrenos terão direito a três acções por hectare. Com este projecto estima-se a criação de 558 postos de trabalho especializado, até porque está prevista a criação de 12 queijarias, uma central de comercialização, dois matadouros, 15 lojas de venda de produtos e uma plataforma logística de transporte e distribuição.


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