A Bendada (Sabugal) respira música

E ao fim do dia, há um concerto no Castelo de Belmonte. E música e dança no Adro da Igreja da Bendada, a partir das 21h30.

Será que as aldeias do interior do país podem ser economicamente viáveis com uma aposta consistente na atividade cultural? Esta foi uma das questões a que Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, respondeu esta quinta-feira, num debate que se realizou na Casa da Música da Bendada, no concelho do Sabugal, no âmbito do Bendada Music Festival.

O Festival reúne 36 alunos que viajaram desde Chicago ou Boston, nos Estados Unidos, de Itália, e ainda de várias regiões de Portugal. Têm entre 14 e 22 anos e frequentam um masterclass nas modalidades de piano, violino, viola, violoncelo, flauta, clarinete, guitarra e canto.

Nesta que é já a terceira edição, o Bendada Music Festival entra na fase da internacionalização, sendo que o corpo docente também é formado por professores oriundos de vários países.

Para além de pequenas apresentações diárias em diversos espaços ao ar livre, na Bendada, o Festival inclui concertos na Igreja Matriz de Malcata (18 de julho às 21:00h), Castelo de Belmonte (19 de julho às 18:00h), Parque das Tílias do Fundão (20 de julho às 21:30h), Casa da Música da Bendada (21 de julho às 18:00h) e Auditório Municipal da Guarda (22 de julho às 16:00h).

O Festival contempla também um coro de adultos onde participam algumas dezenas de seniores da aldeia da Bendada. Este coro pretende ser um espaço de partilha musical que contribui para preservar as tradições culturais da região. Esta atividade culminará numa festa com música e dança no Adro da Igreja da Bendada, no dia 19 de julho às 21H30, onde todos estão convidados a participar.

“O Festival é uma aposta ganha no sentido em que tem esgotado sempre o número de vagas para participantes e enchido o auditório da Casa da Música da Bendada em todos os seus eventos”, frisa Inês Andrade, diretora artística do evento.

Esta responsável nota ainda que “há também uma crescente atenção para a zona do interior do país que foi esquecida durante várias décadas e sofre com o problema da desertificação, falta de oportunidades e de oferta cultural. O Festival veio dinamizar uma aldeia com fortes tradições musicais mas com cada vez menos habitantes, trazendo uma nova vida e incentivando a economia e o turismo”.


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