A 13.ª edição do Grande Prémio O JOGO/Leilosoc estará na estrada entre os próximos dias 23 e 27, quarta-feira e domingo, sendo mais uma vez a primeira prova por etapas do ano a discutir entre equipas portuguesas. Com mais um dia do que em 2024, a corrida terá etapas ao estilo das clássicas, com muita montanha pelo meio (10, mais 20 metas bonificadas, entre as de passagem e finais), aumentando a incerteza sobre o sucessor de Emanuel Duarte, último vencedor.
Sempre a crescer desde o seu regresso, em 2019 – o GP O JOGO foi criado em 1987 e teve sete edições cheias de história até 1993 –, a prova é aguardada com expectativa pelas equipas nacionais, por ser a primeira oportunidade do ano para vários dias de protagonismo. Um traçado sempre duro baralha os favoritismos e já quatro equipas venceram as cinco edições da nova era, sendo a Credibom-LA Alumínios, do algarvio Duarte, a mais inesperada.
Este ano os condimentos repetem-se, pois a corrida arranca em Belmonte com uma etapa essencialmente plana – há uma montanha de 3.ª categoria ao km 63,8 – e vocacionada para sprinters, mas o final será numa rampa de empedrado até ao castelo de Belmonte. No dia seguinte, entre Mêda e Trancoso, três escaladas – Mêda (2.ª), Moimentinha (3.ª) e Torres (2.ª) –, a última a cinco quilómetros da meta, vão fazer uma seleção, até porque as estradas serão quase sempre sinuosas e com vários tipos de piso.
De Condeixa a Vila Nova de Poiares será essencialmente a rolar (subidas em Pereiro e Mucelas), mas o circuito final, de nove quilómetros, pode gerar cortes de tempo, e a quarta etapa, em Castanheira de Pêra, é outra novidade. “É belíssima, com muito tempo na EN2 e passando em Pedrógão Grande, localidade que continua na memória de todos – e que terá uma meta volante, em frente aos bombeiros –, passando depois na Sertã e na Pampilhosa, com uma subida de primeira categoria. Será um grande teste aos ciclistas”, explica Nuno Lopes, diretor de corrida. As subidas serão no Casal Novo (3.ª, km 61,5) e Bracal (1.ª, km 91,7).
A etapa final será a mais longa e mais dura, com subida de primeira categoria em Duas Igrejas (km 109,9) e Parteira (2.ª, km 140,5). “A intenção é fazer a luta pela geral durar até Paredes. Mas esta será uma corrida para quem gostar de atacar e terá etapas com características para todos os tipos de corredores: sprint, ‘puncheurs’ e trepadores. É um traçado mais exigente”, completa Nuno Lopes.
Pelotão apenas nacional
A coincidência de datas com a Volta às Astúrias e duas provas de sub-23 espanholas vai impedir a presença de equipas do país vizinho. Vão alinhar 14 formações portuguesas, incluindo as profissionais Anicolor-Tien21, APHotels-Tavira, Aviludo-Louletano, Credibom-LA Alumínios, Efapel, Feirense-Beeceler, GI Group-Simoldes, Rádio Popular-Boavista e Tavfer-Ovos Matinados.
