Setor da construção recupera. Há menos 14% de desempregados

Caem as insolvências e o desemprego, aumentando as encomendas e o crédito à habitação. São sinais de retoma.

Os dados do primeiro trimestre deste ano mostram que há menos 25 mil desempregados no setor, e as insolvências caíram na ordem dos 20%. Os números constam do mais recente barómetro da Confederação da Construção e Imobiliário, a que a Renascença teve acesso, e mostram o fim da recessão numa área chave da economia portuguesa.

Também estão a aumentar as encomendas e o crédito à habitação, segundo o presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário.

O barómetro aponta para a redução de 20% nas insolvências e 14% no desemprego, segundo dados primeiro trimestre do ano, por comparação com idêntico período de 2013.

Uma retoma que também está relacionada com a reabilitação urbana, sublinha Reis Campos, lembrando que a carteira de encomendas das empresas aumentou 18%, assistiu-se a uma subida de 22% no volume de crédito concedido à habitação e a um crescimento, em 38%, na promoção de obra públicas.

Os ventos mudaram e o presidente da Confederação Portuguesa da Construção encontra justificação “na inversão da atitude do Governo, que penalizou o setor nos últimos três anos. Verificando-se agora o lançamento de infra-estruturas úteis para o país e o aproveitamento dos dinheiros do QREN que ainda sobram”.

O investimento estrangeiro é outra parcela da retoma, avança Reis Campos. “Verifica-se que o nosso imobiliário é apetecível: Está na linha da frente do turismo residencial e no regime de tributação de não residentes habituais. Por uma via, ou por outra, o investimento estrangeiro de novo folego à construção em Portugal.”

Já avança a retoma na construção, mas na produção de cimento a recuperação só deve arrancar no segundo semestre do ano. As exportações da Cimpor aumentaram 20% em 2014. Para consumo interno, a retoma demora um pouco mais, mas este será também o ano da mudança.


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