Em comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Calores Mobiliários (CMVM), a petrolífera adianta ter registado um resultado líquido ajustado de 47 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, menos 29 milhões do que no mesmo trimestre de 2013.
O resultado líquido ajustado (RCA – Replacemente Cost Adjusted) exclui o efeito “stock” e eventos não recorrentes e é considerado como o indicador que melhor descreve o desempenho da empresa.
Esta queda foi causada, segundo a petrolífera, pelo “aumento das amortizações no negócio de R&D [pesquisa e desenvolvimento] que se seguiu ao arranque do complexo de “hydrocracking”.
De acordo com a empresa, o investimento no trimestre foi de 197 milhões de euros, dos quais “cerca de 90% se destinaram a atividades de exploração e produção, nomeadamente de desenvolvimento no campo Lula, no Brasil”.
Entre janeiro e março deste ano, a Galp Energia registou um aumento de 22,7% na produção ‘net entitlement’ (ou seja, aquela a que a Galp Energia tem de facto direito) de petróleo e gás natural, graças sobretudo ao Brasil, que representou 70% deste valor.
No comunicado sobre as contas da empresa, a Galp Energia refere ainda que a margem de refinação refletiu a evolução negativa do mercado internacional, mas beneficiou do contributo do complexo de ‘hydrocracking’.
Por isso, explica, “o negócio de distribuição de produtos petrolíferos manteve o seu contributo positivo para os resultados”.
As vendas de gás natural foram, segundo refere, de 2.078 milhões de metros cúbicos, tendo os mercados internacionais representado cerca de metade daquele volume.
No período em análise, o valor médio do “dated Brent” foi de 108,2 dólares por barril, menos 4,4 dólares por barril do que no primeiro trimestre do ano passado.
A descida do valor deveu-se, explica a Galp, à menor importação de crudes leves pelos EUA, associada ao aumento da produção local, o que aumentou a disponibilidade de crude na Europa e na Ásia.