Projecto Gesterra cria bolsa de terras e promove gestão de terrenos abandonados

Plano ganhou concurso de ideias do CLDS Guarda+ Social Foi criado na região um projecto denominado Gesterra, que visa a criação de uma bolsa de terrenos e a gestão de terrenos abandonados e que tem como missão “promover o desenvolvimento local e rural, fomentando a agricultura, propiciando as práticas agrícolas e a preservação da floresta”.O […]

Plano ganhou concurso de ideias do CLDS Guarda+ Social

Foi criado na região um projecto denominado Gesterra, que visa a criação de uma bolsa de terrenos e a gestão de terrenos abandonados e que tem como missão “promover o desenvolvimento local e rural, fomentando a agricultura, propiciando as práticas agrícolas e a preservação da floresta”.
O projecto Gesterra, coordenado por Ricardo Nabais, nasceu de uma ideia que foi apresentada no Concurso+ Ideias Guarda, promovido pelo CLDS Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) Guarda+ Social, onde ganhou o primeiro prémio na Categoria Comunidade.

Segundo aquele responsável, o plano nasceu com a intenção de gerir terras abandonadas, uma vez que “a Região do Interior sofre com a desertificação e com o envelhecimento da população” e “uma das consequências deste fenómeno é o abandono dos terrenos”. “A população (e)migra, os agricultores mais velhos perdem as forças e os terrenos ficam sem cultivo. A maioria dos terrenos fica ao abandono por falta de pessoas interessadas em cultivá-las”, sublinha o promotor do projecto. “Um outro fenómeno, em crescimento, e que marca o Interior Rural é a mudança de alguns jovens casais, à procura de melhor qualidade de vida. O desemprego é também uma realidade profunda em todo o país e que atinge fortemente o território do Interior. Os desempregados e os jovens podem ver na agricultura uma actividade sustentável e uma oportunidade de ultrapassar uma época de crise”, defende. “Perante estas perspectivas, percebe-se que por um lado, há terrenos abandonados que precisam ser cultivados, pessoas que os podem ceder/alugar/vender e por outro, pessoas que precisam e gostariam de ter um terreno que pudessem cultivar e que lhes proporcionasse alguma sustentabilidade. É neste sentido, que surge o projecto Gesterra, como “elo de ligação” a estes dois públicos distintos”, justifica o responsável.

Explica que o projecto concretiza-se através de duas Bolsas – a de Terrenos e a de Interessados em cultivar – disponibilizadas num site “de fácil e rápido acesso a todos”. “Através da Bolsa de Terrenos, reúnem-se «ofertas» de terras, inscritos pelos seus proprietários que por diversos motivos não os cultivam. Os interessados em «adquirir» um terreno para cultivo inscrevem-se na Bolsa de Interessados. O Gesterra articula, com base na localidade e espaço pretendido por cada interessado, qual o terreno que melhor corresponde às suas necessidades. O terreno pode ser cedido/alugado/vendido, de acordo com o pretendido pelo proprietário”, é adiantado.

Os produtos criados nos terrenos sob gestão do Gesterra “destinam-se a consumo próprio, venda no comércio tradicional local e população em geral. A venda dos produtos é concretizada através da loja on-line mercearias e de venda directa”, acrescenta o promotor. É ainda explicado que todo o processo pode ser concretizado on-line, através da Plataforma e do serviço de chat que permite que quem disponibiliza o terreno e quem o pretende tratar, comuniquem através do chat.

Consultar: http://www.gesterra.net     e    http://gesterra.blogspot.pt/


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