Lisboa no top 10 das melhores bolsas mundiais

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O PSI 20 voltou aos ganhos e avançou 2,24%, numa semana de recuperação para os principais índices mundiais que corrigiram da pressão provocada anteriormente pela Rússia.

A bolsa nacional entrou em 2014 com o pé direito. O PSI 20 voltou aos ganhos esta semana e já soma 14,05% desde o início do ano, a nona melhor performance entre os índices mundiais. Depois de ter sido arrastada pela crise na Crimeia na semana passada, Lisboa acompanhou a tendência de recuperação nas principais mundiais, e avançou 2,24% nas últimas quatro sessões. O BPI, que comunicou na quarta-feira ter devolvido ao Estado mais 500 milhões de euros, liderou os ganhos, com uma subida de 7,38%. O banco liderado por Fernando Ulrich conta devolver os restantes 420 milhões de euros em títulos de capital contigente (CoCo’s) até ao final do ano.

A semana foi positiva também para os restantes títulos da banca, que corrigiram das pressões entre o Ocidente e a Rússia mas também o recuo das ‘yields’ da dívida soberana nacional. Banif e BES somaram 3,33% e 2,23%, respetivamente, enquanto o BCP avançou 1,02%. No setor da energia, a EDP Renováveis subiu 3,48% e a EDP 2,96%. A Galp fechou com ganhos menores, de 1,15%. Entre os títulos do retalho o destaque vai para a Jerónimo Martins , que avançou 3,05%. Já a Sonae, que apresentou resultados esta semana, apreciou 2,64%. A empresa fechou 2013 com lucros 10 vezes superiores aos alcançados no período homólogo, mas alertou no entanto para a continuação da pressão nas margens do retalho em Portugal em 2014. Destaque ainda para a Mota-Engil, que disparou 7,3% esta semana, tocando mesmo ontem – a par com a EDP – o seu valor mais alto desde 2008. Já a Sonae Indústria, que abandona hoje o índice de referência, liderou as perdas no índice. Caiu 1,6%, enquanto a Cofina, que deixa também hoje o PSI 20, avançou 0,48%.

Os últimos dias ficaram ainda marcados por alterações na orientação da política monetária norte-americana. Na sua última reunião a Reserva Federal indiciou que as primeiras subidas na taxa de juro de referência podem acontecer mais cedo do que o inicialmente esperado, o que pressionou os mercados mundiais num primeiro momento. No entanto, já ontem, os investidores preferiram voltar a focar as suas atenções em dados macroeconómicos acima das expectativas nos EUA.


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