Os juros da dívida soberana estão hoje a pressionar Portugal nos prazos mais longos.
A ‘yields’ das OT portuguesas sobem nos prazos a cinco e a 10 anos no mercado fora de balcão (OTC), onde é negociada a maior parte da dívida. A ‘yield’ dos títulos a cinco anos avança até aos 4,853%. No mesmo sentido, a taxa de juro exigida pelos investidores para absorver dívida a dez anos sobe para os 6,111%. Já o diferencial face às ‘bunds’ alemãs, outro indicador de risco avaliado pelos investidores, também progride. As linhas de OT a 10 anos que estão a ser negociadas neste momento indicam que o diferencial face as ‘bunds’ alemãs sobe 1,3 pontos para os 463,8 pontos base. Este valor fica abaixo da média diária dos últimos três meses, fixado em 457,1 pontos. Na Itália, apesar da instabilidade política, e em Espanha, que atravessa uma grave crise económica, os juros exigidos pelos investidores para absorver dívida pública estão a descer em todas as frentes. No Chipre, o Presidente Nicos Anastasiades, considerou hoje num discurso ao país transmitido em directo pela televisão que o acordo de resgate é “doloroso” mas garantiu que a ilha vai recuperar. Ainda assim, os bancos vão ficar fechados até quinta-feira, os capitais serão controlados, e a criação de uma taxa de 30% para os depósitos superiores a 100 mil euros.