Covilhã relembra o Neorrealismo em Portugal

Na última exposição quadrimestral de 2013 apresenta-se a corrente artística neorrealista, dando enfoque a nomes da literatura portuguesa. A Biblioteca Municipal da Covilhã recebe até ao fim do ano a apresentação da vertente literária neorrealista de alguns autores portugueses como António Alves Redol, Manuel da Fonseca, Afonso Ribeiro, Sidónio Muralha e Armindo Rodrigues, mas também […]

Na última exposição quadrimestral de 2013 apresenta-se a corrente artística neorrealista, dando enfoque a nomes da literatura portuguesa.
A Biblioteca Municipal da Covilhã recebe até ao fim do ano a apresentação da vertente literária neorrealista de alguns autores portugueses como António Alves Redol, Manuel da Fonseca, Afonso Ribeiro, Sidónio Muralha e Armindo Rodrigues, mas também da pintura de Lima de Freitas ou Júlio Pomar. Nesta exposição não há referências a obras musicais ou cinematográficas desta corrente artística. Este movimento surgiu na França em meados do século XX, alastrando-se às mais diversas artes, mas com destaque na literatura, no cinema, na música e na pintura. A par de um pessimismo latente, este movimento tem como principais características o uso de temas de caráter grosseiro para chocar padrões morais, e uma forte crítica à burguesia e sociedades elitistas da época. Em Portugal, o Neorrealismo surge no mesmo período do Surrealismo e o do Abstracionismo, gerando-se entre estes movimentos um conjunto de polémicas sobre a natureza e o papel das artes. Está ainda associado ao movimento de resistência democrática à ditadura salazarista. Esta exposição tem como objetivo destacar a importância que o Neorrealismo teve para o desenvolvimento do país e para a mudança de mentalidades que se gerou na sociedade, muito graças a certas obras literárias como Gaibéus, de António Alves Redol, e pelas colaborações em jornais de consagrados autores que se podem encontrar nesta apresentação. Com esta iniciativa a Biblioteca Municipal da Covilhã permite conhecer melhor as influências desta corrente que marcou a história em Portugal. A exposição bibliográfica pode ser visitada até ao fim do ano, de segunda a sexta-feira, das 10 às 18h30.

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