A GNR e a Guardia Civil espanhola apreenderam perto de 55 quilos de haxixe na zona de Vilar Formoso, no decorrer de um controlo móvel que aquelas duas forças policiais realizam regularmente.
As autoridades policiais portuguesas e espanholas anunciaram hoje a apreensão, em Vilar Formoso, Almeida, de 54,9 quilogramas de haxixe e a detenção de dois homens, de 67 e 47 anos, residentes em Espanha. A apreensão da droga, avaliada em meio milhão de euros e suficiente para 275 mil doses individuais, foi efetuada na quarta-feira, na fronteira de Vilar Formoso, por elementos da GNR e da Guardia Civil Espanhola, durante a realização de um controlo móvel. Segundo o tenente-coronel Cunha Rasteiro, chefe da secção de operações, formação e investigação criminal do Comando Territorial da GNR da Guarda, a droga era transportada num veículo ligeiro, de matrícula espanhola, e estava «dissimulada em sacos de plástico». Em conferência de imprensa hoje realizada em Vilar Formoso, referiu que o produto estupefaciente era transportado para território espanhol, mas as autoridades desconhecem qual a proveniência e o seu destino exato. Os dois detidos estão hoje a ser presentes ao juiz do Tribunal de Almeida, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de eventuais medidas de coação, indicou, referindo que um dos suspeitos já tem antecedentes criminais por tráfico de estupefacientes. Cunha Rasteiro lembrou que a operação foi realizada pelas autoridades policiais dos dois países, no âmbito de controlos móveis efetuados desde 1994, até 50 quilómetros de distância da fronteira. «Neste âmbito, foi a maior apreensão de estupefaciente feita em Portugal e Espanha», disse o responsável. Luís Cordero Asensio, comandante-chefe de operações da Guardia Civil de Salamanca, disse aos jornalistas que as autoridades suspeitam que a droga apreendida na fronteira de Vilar Formoso «iria para o norte de Espanha», embora a determinação do seu destino exato ainda esteja dependente de investigações em curso. O responsável destacou a importância dos controlos móveis realizados pelas autoridades dos dois países, referindo que permitem trocar «muita informação». «Conhecem-se os elementos de um e de outro lado da fronteira e o contacto é mais diário», concluiu o comandante-chefe de operações da Guardia Civil de Salamanca.
