A sociedade que devia gerir a plataforma logística da Guarda desaparece passados doze anos depois dos acionistas não terem subscrito o aumento de capital de 50 mil euros para 1,5 milhões.
Cinco anos depois de não conseguir realizar o aumento de capital, a Câmara da Guarda deliberou solicitar a dissolução da sociedade PLIE SA. A proposta foi aprovada na segunda-feira por maioria, com os votos contra dos dois vereadores do PSD, e vai ser apresentada ao Conselho de Administração da entidade que era suposto gerir os destinos da plataforma logística e à Assembleia-Geral de acionistas. «É preciso um novo ponto de partida para o projeto», declarou Vítor Santos.
Na prática a decisão não tem grandes consequências, uma vez que a sociedade está em estado vegetativo há vários anos e que a gestão da PLIE tem sido assumida pela autarquia. O vereador com o pelouro das Atividades Económicas afirmou que o futuro do empreendimento será feito com uma «gestão profissional» e recordou que uma consultora internacional foi contratada para vender lotes e encontrar o modelo de gestão para aquele espaço industrial.Vítor Santos criticou a posição dos parceiros neste processo e assumiu que «depois da PLIE estar completa, não precisamos dos privados». O responsável lembrou que o município investiu «12 milhões de euros» no projeto enquanto os privados «não acompanharam esse investimento, nem tiveram iniciativa para encontrar uma solução para a PLIE».
Por sua vez, Rui Quinaz considerou que esta decisão significa que a PLIE «não existe» e «é uma derrota para Joaquim Valente e a maioria PS», pois a Câmara não conseguiu atrair empresas nem fazer com que os acionistas acompanhassem o aumento de capital de 50 mil euros para 1,5 milhões de euros. «O projeto perdeu-se porque não foi implementado a tempo e agora, com os empresários de costas voltadas para a Câmara, será um parque empresarial gerido pela autarquia», declarou, lamentando que seja «mais um grande empreendimento que não se concretiza na Guarda». Passados mais de dez anos sobre o lançamento do projeto, atualmente há 12 empresas a laborar na PLIE, que tem cerca de 110 hectares, e outras seis com projetos de instalação – entre as quais a transportadora Broliveira, que adquiriu 18 lotes. Apesar das várias tentativas desde 2008, o aumento de capital social não aconteceu, o que faz com que a autarquia continue a ser o maior acionista da PLIE, com 63 por cento do capital.
O Conselho de Administração é constituído pela Câmara, que preside, pela construtora MRG [Manuel Rodrigues Gouveia], Sociedade Geral (ex-IPE – Investimentos e Participações do Estado), Joalto e Gonçalves & Gonçalves, que fechou portas no ano passado. A PLIE tem 11 acionistas fundadores: Câmara Municipal, NERGA, Associação de Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG), Ecosoros, Gonçalves & Gonçalves, Sociedade Geral (ex-IPE), grupo Joalto, grupo Luís Simões, Mota Engil, Manuel Rodrigues Gouveia e a Servihomem. Em números, o empreendimento ocupa um total de 126 hectares, disponibilizando 196 lotes, vendidos a 25 euros o metro quadrado. O projecto integra a Rede Nacional de Plataformas Logísticas e tinha um investimento inicial previsto da ordem dos 34 milhões de euros.
Na prática a decisão não tem grandes consequências, uma vez que a sociedade está em estado vegetativo há vários anos e que a gestão da PLIE tem sido assumida pela autarquia. O vereador com o pelouro das Atividades Económicas afirmou que o futuro do empreendimento será feito com uma «gestão profissional» e recordou que uma consultora internacional foi contratada para vender lotes e encontrar o modelo de gestão para aquele espaço industrial.Vítor Santos criticou a posição dos parceiros neste processo e assumiu que «depois da PLIE estar completa, não precisamos dos privados». O responsável lembrou que o município investiu «12 milhões de euros» no projeto enquanto os privados «não acompanharam esse investimento, nem tiveram iniciativa para encontrar uma solução para a PLIE».
Por sua vez, Rui Quinaz considerou que esta decisão significa que a PLIE «não existe» e «é uma derrota para Joaquim Valente e a maioria PS», pois a Câmara não conseguiu atrair empresas nem fazer com que os acionistas acompanhassem o aumento de capital de 50 mil euros para 1,5 milhões de euros. «O projeto perdeu-se porque não foi implementado a tempo e agora, com os empresários de costas voltadas para a Câmara, será um parque empresarial gerido pela autarquia», declarou, lamentando que seja «mais um grande empreendimento que não se concretiza na Guarda». Passados mais de dez anos sobre o lançamento do projeto, atualmente há 12 empresas a laborar na PLIE, que tem cerca de 110 hectares, e outras seis com projetos de instalação – entre as quais a transportadora Broliveira, que adquiriu 18 lotes. Apesar das várias tentativas desde 2008, o aumento de capital social não aconteceu, o que faz com que a autarquia continue a ser o maior acionista da PLIE, com 63 por cento do capital.
O Conselho de Administração é constituído pela Câmara, que preside, pela construtora MRG [Manuel Rodrigues Gouveia], Sociedade Geral (ex-IPE – Investimentos e Participações do Estado), Joalto e Gonçalves & Gonçalves, que fechou portas no ano passado. A PLIE tem 11 acionistas fundadores: Câmara Municipal, NERGA, Associação de Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG), Ecosoros, Gonçalves & Gonçalves, Sociedade Geral (ex-IPE), grupo Joalto, grupo Luís Simões, Mota Engil, Manuel Rodrigues Gouveia e a Servihomem. Em números, o empreendimento ocupa um total de 126 hectares, disponibilizando 196 lotes, vendidos a 25 euros o metro quadrado. O projecto integra a Rede Nacional de Plataformas Logísticas e tinha um investimento inicial previsto da ordem dos 34 milhões de euros.