Construção de Rotunda na Avenida de São Miguel gera descontentamento

As obras de construção da rotunda na Avenida de São Miguel, na Guarda-Gare, foram iniciadas pela Câmara Municipal da Guarda no dia 2 de setembro. As obras de construção da “Rotunda do Cruzamento da Avenida de São Miguel com a Rua do Facheiro e Zona Envolvente”, na Guarda-Gare, iniciadas pela Câmara Municipal da Guarda no […]

As obras de construção da rotunda na Avenida de São Miguel, na Guarda-Gare, foram iniciadas pela Câmara Municipal da Guarda no dia 2 de setembro.
As obras de construção da “Rotunda do Cruzamento da Avenida de São Miguel com a Rua do Facheiro e Zona Envolvente”, na Guarda-Gare, iniciadas pela Câmara Municipal da Guarda no dia 2 de setembro, estão a originar o protesto dos moradores e de alguns habitantes da Guarda. No final da reunião do executivo municipal, realizada no dia 9 de setembro, o presidente da Câmara, Joaquim Valente, disse aos jornalistas que a obra já estava planeada, havendo um compromisso com uma entidade comercial implantada naquele local. Aliás, o autarca explicou que a obra custa cerca de 77 mil euros e que a mesma entidade comercial apoia a sua execução com 52 mil euros. Lembrou que a situação não é nova, pois outras empresas do género, quando se instalaram na cidade, “também suportaram custos públicos”. Joaquim Valente refere que a intervenção em curso vai “aumentar a segurança e a mobilidade das pessoas”. Disse que existia um cruzamento tradicional e “por ser um pouco arcaico” é que a obra está a ser feita. O autarca respeita a contestação que está a ser feita pelos moradores, por considerar que “todas as pessoas têm direito à contestação”, mas lembra que a intervenção “melhora a mobilidade e a segurança das pessoas e bens e é uma ligação à estrutura viária da urbanização de S. Miguel”. As obras de requalificação da “Rotunda do Cruzamento da Avenida de São Miguel com a Rua do Facheiro e Zona Envolvente” terão a duração de 45 dias. A intervenção “consiste na remodelação da estrutura rodoviária entre o entroncamento da Rua do Facheiro com a Avenida de S. Miguel e com a ligação à Rua Formosa, construindo uma rotunda por forma a melhorar a segurança e a fluidez rodoviárias, reorganizando também os estacionamentos e melhorando os pavimentos”, explicou em comunicado a autarquia da Guarda. Entretanto, o assunto já foi comentado pela candidatura do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara Municipal da Guarda, que emitiu um comunicado onde refere que “com o pretexto da necessidade de remodelação da estrutura rodoviária entre o entroncamento da Rua do Facheiro com a Av. de S. Miguel e com a ligação à Rua Formosa, construindo uma rotunda por forma a melhorar a segurança e fluidez rodoviária, a autarquia Guardense iniciou a destruição duma parte do jardim que acompanha a avenida, abatendo árvores e suspendendo uma parte da ciclovia ali existente e uma parte do circuito pedonal, ambos bastante frequentados”, refere a candidatura de Marco Loureiro. O candidato lembra que “toda a zona verde foi construída no início da década de 2000 e foi uma das mais bem conseguidas e sustentáveis intervenções paisagísticas na Guarda”. A candidatura do BE à Câmara Municipal e Assembleia Municipal da Guarda “lamenta e condena esta intervenção, visto que a mesma podia ter sido projetada de outra forma, sem que seja destruído um dos investimentos que mais impacto positivo teve nos últimos dez anos no que diz respeito ao ambiente, lazer e desporto em meio urbano”. “Criticamos também a falta de diálogo da autarquia com os residentes desta zona, pois defendemos a participação dos cidadãos nas decisões que podem alterar o seu dia-a-dia. Infelizmente, mais uma vez a Democracia Participativa foi posta de parte”, conclui o BE.

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