A terapia que utiliza o cavalo como meio para uma melhoria da qualidade de vida de pessoas com necessidades especiais, está a ser utilizada na CERCIG da Guarda para apoio a crianças e jovens.
A hipoterapia é uma forma de tratamento, que cada vez mais revela resultados satisfatórios.Esta terapia tem como principal objetivo a melhoria da mobilidade articular, bem como a coordenação e a própria autoestima e auto confiança da pessoa.
A base da hipoterapia assenta também na relação que existe entre a pessoa e o cavalo, pois os movimentos feitos pelo próprio animal, o andar, são tridimensionais e produzem no cavaleiro uma evolução de capacidades. “Os chamados impulsos, transmitidos pelo cavalo, vão fazer com que a pessoa durante a terapia sinta bastantes melhorias a nível neuromuscular”. Tudo isto porque os movimentos do animal são bastante semelhantes à marcha humana, ajudando também na postura, equilíbrio, controle motor e mobilidade. A técnica de educação especial e reabilitação, Manuela Martins Gonçalves, exerce este cargo há cerca de cinco anos na escola da CERCIG (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda), e exercita o equilíbrio, coordenação, lateralidade com jogos de cores e letras espalhadas pelo picadeiro.
Ao longo da terapia a técnica afirma que os jovens obtêm resultados a nível da mobilidade articular, numa melhor autoestima e confiança e numa capacidade de autonomia. Relembra um caso em específico, onde um aluno com paralisia cerebral, não conseguia ter um controle a nível da cervical e que ao longo das sessões foi revelando um maior equilíbrio em cima do cavalo. A terapeuta, que realiza aulas com uma duração de 30 minutos, a cerca de 15 alunos, refere também um pormenor bastante peculiar: jovens que apresentam paralisia cerebral têm uma maior resistência a mudanças, sendo que, todas as sessões devem ser efetuadas sempre com o mesmo cavalo e o mesmo terapeuta. Joana Silva, (nome fictício) que se encontra na CERCIG desde os oito anos de idade, afirma gostar de estar na instituição tendo como atividade preferida a equitação, sentindo-se muito mais confiante de si mesma desde que a prática. Gosta essencialmente da relação que tem com o cavalo e diz não ter medo de andar sobre ele.
Para alem da hipoterapia, a escola da CERCIG dispõe ainda de uma outra vertente, a equitação. O professor, Ricardo Batista, que exerce há cerca de um ano trabalhando com aproximadamente 55 alunos externos, diz que esta atividade não tem vindo a ter a sua utilização mais correta, mas que ao longo do tempo tem revelado bastante potencial. Um dos resultados mais relevantes da equitação é a forma correta de montar a cavalo, pois apesar de a Guarda ser uma zona bastante propicia à equitação esta não tem sido praticada da melhor forma.
A escola da CERCIG abriu portas no ano lectivo de 1977-1978, recebendo os seus primeiros alunos a 14 de Novembro, como escola de ensino especial. Existe na Guarda há cerca de 35 anos e tem vindo a crescer ao longo do tempo, começando por ter uma escola de ensino especial, de seguida com formação profissional, depois com um centro de atividades operacionais, e por fim com o picadeiro.
O coordenador geral de projetos e formação, Fernando Almeida, chefia a instituição há cerca de 10 anos e afirma que esta “foi uma mais-valia para os jovens com necessidades especiais”. Segundo o coordenador, a deficiência não escolhe idade nem género.
A instituição que abrange toda a região da Guarda, distribui-se por dois espaços físicos, um no parque da saúde e outro no parque industrial. O primeiro abrange um centro de valencia educativa e um gabinete de atendimento aos beneficiários. O segundo pólo engloba um centro de reabilitação profissional, o picadeiro (centro equestre), a unidade residencial, uma quinta agrícola pedagógica e um centro de produção florestal, destinado à produção de plantas.
Inicialmente destinada a crianças com necessidades especiais não abrangidas no ensino obrigatório, atualmente a CERCIG serve cidadãos de todas as idades, a maioria dos quais atingiu a idade adulta na própria instituição. Admitindo cerca de 600 utentes, apenas 300 revelam algum tipo de deficiência, alargando-se para além da cidade da Guarda, também aos distritos de Trancoso, Figueira, Sabugal, Pinhel e Manteigas. Os restantes utentes, respeitando os respetivos regulamentos de cada centro, permanecem no centro CRP (Centro de Reabilitação Profissional) na parte da manhã e regressam à tarde. O centro CRIC (Centro de Recursos de Inclusão) destina-se essencialmente a sessões de terapia e as unidades residenciais são temporárias, pois os utentes com formação nem sempre têm horários compatíveis e permanecem nas mesmas durante a semana.
A base da hipoterapia assenta também na relação que existe entre a pessoa e o cavalo, pois os movimentos feitos pelo próprio animal, o andar, são tridimensionais e produzem no cavaleiro uma evolução de capacidades. “Os chamados impulsos, transmitidos pelo cavalo, vão fazer com que a pessoa durante a terapia sinta bastantes melhorias a nível neuromuscular”. Tudo isto porque os movimentos do animal são bastante semelhantes à marcha humana, ajudando também na postura, equilíbrio, controle motor e mobilidade. A técnica de educação especial e reabilitação, Manuela Martins Gonçalves, exerce este cargo há cerca de cinco anos na escola da CERCIG (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda), e exercita o equilíbrio, coordenação, lateralidade com jogos de cores e letras espalhadas pelo picadeiro.
Ao longo da terapia a técnica afirma que os jovens obtêm resultados a nível da mobilidade articular, numa melhor autoestima e confiança e numa capacidade de autonomia. Relembra um caso em específico, onde um aluno com paralisia cerebral, não conseguia ter um controle a nível da cervical e que ao longo das sessões foi revelando um maior equilíbrio em cima do cavalo. A terapeuta, que realiza aulas com uma duração de 30 minutos, a cerca de 15 alunos, refere também um pormenor bastante peculiar: jovens que apresentam paralisia cerebral têm uma maior resistência a mudanças, sendo que, todas as sessões devem ser efetuadas sempre com o mesmo cavalo e o mesmo terapeuta. Joana Silva, (nome fictício) que se encontra na CERCIG desde os oito anos de idade, afirma gostar de estar na instituição tendo como atividade preferida a equitação, sentindo-se muito mais confiante de si mesma desde que a prática. Gosta essencialmente da relação que tem com o cavalo e diz não ter medo de andar sobre ele.
Para alem da hipoterapia, a escola da CERCIG dispõe ainda de uma outra vertente, a equitação. O professor, Ricardo Batista, que exerce há cerca de um ano trabalhando com aproximadamente 55 alunos externos, diz que esta atividade não tem vindo a ter a sua utilização mais correta, mas que ao longo do tempo tem revelado bastante potencial. Um dos resultados mais relevantes da equitação é a forma correta de montar a cavalo, pois apesar de a Guarda ser uma zona bastante propicia à equitação esta não tem sido praticada da melhor forma.
A escola da CERCIG abriu portas no ano lectivo de 1977-1978, recebendo os seus primeiros alunos a 14 de Novembro, como escola de ensino especial. Existe na Guarda há cerca de 35 anos e tem vindo a crescer ao longo do tempo, começando por ter uma escola de ensino especial, de seguida com formação profissional, depois com um centro de atividades operacionais, e por fim com o picadeiro.
O coordenador geral de projetos e formação, Fernando Almeida, chefia a instituição há cerca de 10 anos e afirma que esta “foi uma mais-valia para os jovens com necessidades especiais”. Segundo o coordenador, a deficiência não escolhe idade nem género.
A instituição que abrange toda a região da Guarda, distribui-se por dois espaços físicos, um no parque da saúde e outro no parque industrial. O primeiro abrange um centro de valencia educativa e um gabinete de atendimento aos beneficiários. O segundo pólo engloba um centro de reabilitação profissional, o picadeiro (centro equestre), a unidade residencial, uma quinta agrícola pedagógica e um centro de produção florestal, destinado à produção de plantas.
Inicialmente destinada a crianças com necessidades especiais não abrangidas no ensino obrigatório, atualmente a CERCIG serve cidadãos de todas as idades, a maioria dos quais atingiu a idade adulta na própria instituição. Admitindo cerca de 600 utentes, apenas 300 revelam algum tipo de deficiência, alargando-se para além da cidade da Guarda, também aos distritos de Trancoso, Figueira, Sabugal, Pinhel e Manteigas. Os restantes utentes, respeitando os respetivos regulamentos de cada centro, permanecem no centro CRP (Centro de Reabilitação Profissional) na parte da manhã e regressam à tarde. O centro CRIC (Centro de Recursos de Inclusão) destina-se essencialmente a sessões de terapia e as unidades residenciais são temporárias, pois os utentes com formação nem sempre têm horários compatíveis e permanecem nas mesmas durante a semana.