Os bombeiros da Guarda vão adquirir um limpa-neves, devendo o concurso público internacional ser publicado em Diário da República no início da próxima semana.
Segundo Luís Borges, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Egitanienes (AHBVE), o caderno de encargos para aquisição de uma viatura polivalente, que terá a função de limpa-neves, mas poderá ser utilizada pelo corpo de bombeiros ao longo do ano, em outras situações de emergência, foi aprovado, na quarta-feira, em reunião da direção. O veículo multifuncional estará equipado com uma grua e sistema de elevação de contentores, equipamento de limpa-neves (pá, depósito e espalhador de sal) e com instrumentos vocacionados para a área do desencarceramento de veículos pesados e incêndios industriais. «Os equipamentos serão colocados consoante as necessidades. Na época do ano em que não houver neve terá outras utilizações», indicou Luís Borges. O dirigente lembrou que o processo inicial para aquisição de um camião limpa-neves, uma máquina retroescavadora e um trator, iniciado em 2011, envolvia os bombeiros e outras entidades, como a Câmara, o Governo Civil, a Unidade Local de Saúde e a Estradas de Portugal. No entanto, a candidatura foi reformulada e, posteriormente, foi assumida unicamente pelos bombeiros, pela necessidade de a viatura ter características de um carro operacional e ser operada por bombeiros, optando por um veículo multifuncional. «A direção considerou que [um limpa-neves] não era justificado e havendo soluções que são adequadas e cumprem a mesma função e podem ser rentabilizadas, optámos por um equipamento polivalente», justificou. O valor do concurso para aquisição do veículo é de 300 mil euros, sendo adquirido pelos bombeiros no âmbito de uma candidatura a fundos comunitários, já aprovada, através do Programa MaisCentro. A contrapartida nacional é assegurada pelo montante de 80 mil euros, valor atribuído pelo último governador civil da Guarda para esse fim, disse o responsável. Luís Borges adiantou que o concurso público internacional tem o prazo de cerca de dois meses, prevendo que, entre agosto e setembro deste ano, a viatura possa estar na posse dos bombeiros «para poder atuar já no próximo inverno». O veículo pertencerá e ficará na posse da AHBVE, mas mediante um protocolo a celebrar com a Câmara Municipal da Guarda, irá para o terreno, em dias de neve, «ao serviço da Proteção Civil Municipal, ainda que operado por bombeiros», disse. «A Proteção Civil Municipal não tem este tipo de meio, com esta capacidade de intervenção, e vai ser um equipamento absolutamente preponderante no processo de reposição da normal circulação» em episódios de neve e gelo, referiu.