A Câmara Municipal de Trancoso criticou hoje a “excessiva” fiscalização que as forças policiais e fiscais exercem nos mercados de sexta-feira, por estar a prejudicar a atividade comercial do concelho.
A autarquia, presidida por Júlio Sarmento, emitiu hoje um comunicado, no qual torna público o descontentamento «com a excessiva, sistemática e opressiva fiscalização dos mercados de sexta-feira, por parte das forças policiais e fiscais». Refere que a situação registada no concelho «é um autêntico cerco às entradas de Trancoso», ocorre «de forma sistemática» todas as sextas-feiras e «está a prejudicar, gravemente, o movimento comercial e mesmo o afluxo de pessoas e turistas». A autarquia assinala que «existe uma clara discriminação em relação à fiscalização de outros mercados e feiras na região». No atual contexto de crise e de dificuldades sentidas pela população e comerciantes locais «esta excessiva presença policial agrava as condições de competitividade da economia» de Trancoso, sustenta. Na nota, a autarquia lembra que «tem preservado, sempre, excelentes relações institucionais com as forças que garantem a ordem e segurança do Estado, designadamente a GNR» e «espera a compreensão e o bom senso, para que interesses do Estado não matem a economia local». A agência Lusa procurou obter uma reação do Comando Territorial da GNR da Guarda, mas o comandante distrital não presta declarações sobre o assunto. Fonte do Gabinete de Relações Públicas referiu que o comandante «pretende reunir com o presidente da Câmara Municipal de Trancoso para perceber o alcance das preocupações do autarca».