O Hospital Pêro da Covilhã vai apostar numa Unidade de Agudos e o Hospital do Fundão irá reforçar os seus serviços ao ter uma unidade de Medicina de Reabilitação.
A urgência do Hospital Pêro da Covilhã e o antigo edifício do Hospital do Fundão vão sofrer obras de beneficiação para acolherem novos serviços, anunciou na passada semana Miguel Castelo Branco, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) durante uma reunião com presidentes de juntas de freguesia dos concelhos da Covilhã, Belmonte, Fundão e Penamacor. Na Covilhã será criada uma Unidade de Doentes Agudos (UDA) que substituirá o atual Serviço de Observações (SO) enquanto no Fundão será colocado em funcionamento um serviço de Medicina Física e Reabilitação. Segundo Miguel Castelo Branco, «a unidade de agudos terá seis camas e estará pronta dentro de dois meses enquanto o serviço de medicina física e reabilitação será instalado logo que fiquem prontas as obras de adaptação do antigo Hospital do Fundão» que serão realizadas para receber o serviço de Medicina Nuclear, «o que deverá acontecer ainda durante este ano», acrescentou. Durante o encontro que reuniu perto de meia centena de autarcas, Miguel Castelo Branco não escondeu a preocupação com a dificuldade em recrutar médicos especialistas e com o «deficit crónico do centro hospitalar que vem desde a sua criação», há 12 anos, e reafirmou a necessidade de criar o Polo de Saúde da Beira Interior, previsto no relatório do Grupo Técnico da Reforma Hospitalar produzido em novembro de 2011. «Até Ao Verão os hospitais da região terão de apresentar a sua carteira de serviços que é nem mais nem menos do que as áreas de excelência que cada um deles pretende desenvolver para tratar mais doentes e criar condições para atrair mais médicos», acrescentou. A reunião, realizada no auditório do CHCB, teve como objetivo partilhar informação e tomar conhecimento sobre os anseios e interesses das populações e das autarquias. «Estes contactos permitem-nos ter um melhor conhecimento das realidades e particularidades de cada concelho permitindo ao centro hospitalar articular com as autarquias uma resposta mais rápida e adequada às necessidades das populações», disse o presidente do conselho de administração do CHCB. Ciente que as mudanças na política da saúde e os constrangimentos económicos do Estado exigem uma concertação de esforços para a manutenção de padrões de qualidade, o CHCB procura partilhar análises e colher junto das autarquias, informações que lhe permitam um trabalho mais próximo dos utentes e cidadãos dos concelhos integrados na sua área de influência. A reunião com os presidentes de junta ocorre depois de nos últimos meses o conselho de administração ter realizado reuniões parcelares com os presidentes das câmaras e deputados municipais dos quatro concelhos.