Uma cápsula do tempo, com testemunhos de 40 personalidades, será enterrada na cidade da Guarda no dia 1 de julho, para ser aberta em 2050.
Uma cápsula do tempo, com testemunhos de 40 personalidades, será enterrada na cidade da Guarda no dia 1 de julho, para ser aberta em 2050, anunciou esta sexta-feira, o Clube Escape Livre, entidade que lidera o projeto.«Esta é uma cápsula que visa pensar a Guarda no presente e no futuro, mais concretamente 2050, altura que será desenterrada», disse Luís Celínio, presidente do Clube Escape Livre, instituição que se dedica à promoção da região através do automóvel, e fundador do programa radiofónico Escape Livre, que este ano assinala 40 anos de emissão. O projeto é «mais uma forma encontrada pelo Escape Livre de divulgar o nome da Guarda, como tem feito ao longo das últimas quatro décadas, com o seu programa de rádio e clube», justifica. «Precisamos de iniciativas para contrariar alguma letargia social, económica e cultural que se vai instalando, e acreditamos que esta é uma forma simples de criar atratividade sobre a Guarda para os próximos anos, uma forma de olhar para o futuro e pensar na cidade em todas as suas vertentes, de criar memória e de suscitar curiosidade de visita», acrescenta o responsável. A organização convidou 40 personalidades, na sua maioria naturais da Guarda ou com ligações pessoais, profissionais ou afetivas à região, que vão colaborar «com um testemunho escrito acompanhado de algumas fotografias e, eventualmente, algum objeto de pequenas dimensões». «Com estes contributos provenientes de todas as áreas profissionais e faixas etárias pretende-se não apenas guardar as memórias, fotografias e pensamentos dos tempos atuais, como fazer a projeção e a idealização do futuro na região, para que, quando a cápsula for aberta, se avaliem os caminhos escolhidos, se pense a Guarda como cidade e região e se tomem novas e favoráveis decisões», assinala o Clube Escape Livre. O projeto é elaborado em parceria com o Instituto Politécnico da Guarda e a Rádio Altitude. A cápsula será enterrada nas proximidades da Torre de Menagem, o ponto mais alto da cidade da Guarda, num terreno cedido pela Câmara Municipal. No seu interior serão depositados testemunhos de Eduardo Lourenço (professor e filósofo), Fernando Carvalho Rodrigues (professor e cientista), Fernando Pinto Monteiro (ex-Procurador-Geral da República), Francisco Pinto Balsemão (presidente da Impresa SGPS, SA), Joaquim Valente (presidente da Câmara da Guarda), Constantino Rei (presidente do Instituto Politécnico da Guarda) e Manuel Felício (bispo da Guarda), entre outros. No dia 01 de julho a cápsula «será devidamente fechada e protegida, de forma a que o seu conteúdo seja preservado durante os 37 anos que se seguem», refere a organização. A cápsula do tempo, desenvolvida pelo Instituto Politécnico da Guarda, foi idealizada a partir do formato de um cubo com cerca de um metro cúbico.