Segundo Aníbal Coutinho, os vinhos produzidos na Beira Interior «têm um caráter, uma tipicidade única, são vinhos com uma relação com a terra fortíssima, são vinhos muito pouco trabalhados na adega».
A região demarcada da Beira Interior produz vinhos com «tipicidade única» e tem condições para se afirmar no setor, considerou esta quinta-feira o crítico de vinhos Aníbal Coutinho, que presidiu ao júri do 6.º concurso de vinhos realizado na Guarda.«[A Beira Interior] é uma região que tarda a despertar, mas vai ser uma região surpreendente nos próximos anos», declarou esta quinta-feira Aníbal Coutinho aos jornalistas, no final do concurso de vinhos da Beira Interior promovido pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), Associação Empresarial da Região da Guarda – NERGA e Associação Empresarial de Castelo Branco – NERCAB. Segundo Aníbal Coutinho, os vinhos produzidos na Beira Interior «têm um caráter, uma tipicidade única, são vinhos com uma relação com a terra fortíssima, são vinhos muito pouco trabalhados na adega». «Eu só posso ver a Beira Interior com índices de crescimento muito acima da média nacional, nos próximos dez anos», vaticinou o crítico de vinhos que participou pela segunda vez no concurso. O evento contou com a participação de 81 vinhos (tintos, brancos, espumantes, claretes, rosés e frisantes) produzidos por cerca de vinte produtores da região, entre adegas cooperativas e particulares. Aníbal Coutinho, que presidiu ao júri do concurso formado por representantes de Comissões Vitivinícolas Regionais, provadores e enólogos, referiu que «em todas as cores de vinho apareceram vinhos surpreendentes ao nível da qualidade». O anúncio dos vinhos vencedores será feito durante um jantar, a realizar no dia 22 de junho, em Belmonte. A CVRBI, com sede na cidade da Guarda, abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Cova da Beira e Pinhel.