Filipe Camelo preocupado com futuro do Hospital de Seia

O presidente da Câmara de Seia, Filipe Camelo, está preocupado com o futuro do Hospital da cidade serrana. O autarca vai hoje, dia 11, reunir com a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, tendo em vista analisar um conjunto de problemáticas que têm vindo a acentuar-se na área da saúde, com particular incidência […]

O presidente da Câmara de Seia, Filipe Camelo, está preocupado com o futuro do Hospital da cidade serrana.
O autarca vai hoje, dia 11, reunir com a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, tendo em vista analisar um conjunto de problemáticas que têm vindo a acentuar-se na área da saúde, com particular incidência no Hospital de Seia. O encontro realiza-se a pedido do Presidente da Câmara Municipal de Seia, que pretende saber que papel e futuro estão reservados à unidade hospitalar senense. O edil tem vindo a acompanhar, nos últimos meses, com «grande preocupação», o funcionamento do Hospital de Seia, mas apesar dos contactos regulares que vêm sendo mantidos com a administração da ULS, os problemas continuam a agravar-se, através da redução ou retirada de alguns dos serviços atualmente prestados nesta unidade de saúde, anunciou o autarca. Destaca o caso das Consultas Externas, onde «várias especialidades médicas correm o risco de encerrar, em virtude da não renovação das prestações de serviço dos médicos, com o argumento de que a ULS tem condições de as assegurar». «Aparentemente não tem», refere o autarca, que recorda o que se passou com a Cardiologia, que simplesmente deixou de ser assegurada, ou o bloco operatório, que foi temporariamente encerrado. «Compreendendo a necessidade da boa gestão dos recursos, afigura-se-nos como muito preocupante eventuais alterações, com consequências imprevisíveis para os doentes, atendendo à manifesta falta de recursos da ULS e à pouca atratividade da região, como comprovam os últimos concursos para admissão de médicos, que não tiveram candidatos», sublinha Filipe Camelo num documento escrito enviado à administração. Adiantando, ainda, não ter dúvidas que esta opção vai «acentuar o esvaziamento progressivo a que o Hospital de Seia tem estado sujeito, assente em critérios de gestão, meramente economicistas». A Município promete, por isso, «elevar o seu protesto, caso se mantenha esta marginalização permanente, a que o Hospital de Seia tem sido submetido», mantendo, contudo, a esperança que o Ministério da Saúde, tal como em outras ocasiões, seja sensível aos apelos que lhe são dirigidos. Filipe Camelo recorda que «a inclusão do Hospital de Seia foi decisiva para a constituição da ULS/Guarda, pelo que a unidade hospitalar senense não pode continuar a perder importância e a ser uma espécie de parente pobre da ULS ou um apêndice do Hospital da Guarda». «A ULS tem de honrar os seus compromissos, porque sempre nos foi garantido que todos os serviços existentes seriam mantidos, porventura redimensionados e, inclusive, melhorados, pelo que, qualquer outro cenário terá a nossa firme oposição», acrescentou. As obras do Centro de Saúde de Seia e da extensão de saúde de São Romão, serão igualmente abordadas pelo autarca, no encontro agendado com a ULS/Guarda que decorrerá na capital do distrito.

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