Trancoso, no distrito da Guarda, celebra a 29 e 30 de junho as bodas reais de D. Dinis e D. Isabel de Aragão, que se realizaram naquela cidade em 1282.
«Celebramos a História, aquilo que nos identifica como povo, que nos moldou ao longo dos séculos e nos fez crescer como comunidade e como nação. Trancoso teve sempre um papel importante na História de Portugal e seus filhos notabilizaram-se não só em Portugal como em várias partes do mundo», explica o presidente da Câmara de Trancoso, citado numa nota da autarquia. Para Júlio Sarmento, «celebrar o passado é alicerçar o futuro no tempo presente». «A celebração das Bodas Reais de D. Dinis e D. Isabel de Aragão é disso um exemplo», refere. A nota de imprensa da Câmara de Trancoso explica que na “Festa da História”, que tem o apoio das Aldeias Históricas de Portugal e programa Provere – Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos/Mais Centro, «evocam-se tempos de antanho em que as ruas e vielas trancosanas se animaram de povo numa simbiose invulgar de culturas, tradições e gente de todas as condições e credos». «E, assim, vai acontecer História na histórica Trancoso: cavaleiros garbosos de suas montadas vão entrar pelas Portas d’El Rey e percorrer o velho casario, onde se misturam conversas do povo por entre os pregões dos vendedores e mercadores trancosanos, os ‘almocreves’ vindos de outras paragens, a folia da festa, odores e sabores das tascas e tabernas enquanto os largos e praças emolduradas com tendas dos mesteirais, ofícios, artesanato, tabernas, acampamentos militares e de ‘medievais’ artistas conferem uma desusada vida a Trancoso», explicita a mesma nota. O programa inclui a visita do rei aos preparativos dos festejos, danças e folias ou a receção de D. Dinis a Isabel de Aragão. Um torneio de armas a cavalos e um repasto noturno na praça principal são os outros dos momentos revisitados. A celebração termina com o desfile e enlace real e com os autos de encerramento das bodas reais, com lavagem dos cestos e almotolias.