Serra da Estrela “desmarcada” das atrações turísticas do Centro

Inquiridos na BTL colocam Lisboa à frente da Beira Interior como marca turística de uma região cujos grandes atributos são a natureza e o vinho. Nem a Serra da Estrela nem a neve. Os visitantes da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) preferem a tradição coimbrã, o sol e o mar. Segundo as conclusões do […]

Inquiridos na BTL colocam Lisboa à frente da Beira Interior como marca turística de uma região cujos grandes atributos são a natureza e o vinho.
Nem a Serra da Estrela nem a neve. Os visitantes da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) preferem a tradição coimbrã, o sol e o mar. Segundo as conclusões do Relatório de Avaliação da Imagem de Marca e Notoriedade da Marca Centro de Portugal, a que o jornal O INTERIOR teve acesso, os 816 inquiridos, todos visitantes da última BTL, colocam no “top” das cidades Coimbra, Aveiro, Lisboa, Leiria e Viseu. Coimbra é uma das cidades mais importantes na opinião de 31 por cento dos entrevistados, seguindo-se Aveiro (11 por cento) e Lisboa (10 por cento). A presença da capital portuguesa é uma das surpresas deste inquérito, sendo justificada pela «existência de alguma confusão de limites geográficos, que se prendem com formas diferentes de comunicar a noção de Centro de Portugal», sustentam os investigadores do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) de Aveiro. Da Beira Interior apenas a cidade de Castelo Branco integra a lista de respostas mais frequentes, com 3 por cento dos inquiridos a identificarem-na como uma das referências do Centro do país. Já a pergunta “Associa a região Centro a quê?” trouxe ao de cima algumas das imagens de marca da Beira Interior, já que os entrevistados destacam a natureza (56 por cento), a gastronomia e vinhos (41 por cento). Todavia, as categorias são gerais e, na gastronomia, os inquiridos apontam para o leitão, chanfana e ovos-moles, referências das zonas de Aveiro e Figueira da Foz. Em termos de monumentos, os mais referidos são a Universidade de Coimbra (17 por cento), o Mosteiro da Batalha (10 por cento), o Mosteiro de Alcobaça, o Santuário de Fátima (ambos com 7 por cento), a Sé Velha e a Torre de Belém (ambas com 5 por cento). O IPAM realça «o facto de aparecerem elementos não pertencentes à região Centro com bastante destaque», como a Torre de Belém ou o Mosteiro dos Jerónimos. Da Sé da Guarda, nem sinal. Segundo este estudo, o golfe e as infraestruturas turísticas (acessos, transportes e alojamento) são indicados como pontos menos desenvolvidos no Centro do país. Os questionários foram preenchidos por 816 visitantes da BTL, entre 27 de fevereiro e 3 de março, tendo o estudo sido realizado no âmbito de um protocolo assinado entre o Turismo Centro de Portugal (TCP) e o IPAM de Aveiro.

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