Abertura de novas unidades de cuidados continuados

Em comunicado divulgado, a UMP refere que vão entrar em funcionamento algumas UCC, sendo que na região está prevista a abertura em Manteigas.O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) considerou ontem “um gesto globalmente positivo” a abertura de 800 camas de cuidados continuados, até ao final do ano, mas observou que ainda há “muitas […]

Em comunicado divulgado, a UMP refere que vão entrar em funcionamento algumas UCC, sendo que na região está prevista a abertura em Manteigas.O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) considerou ontem “um gesto globalmente positivo” a abertura de 800 camas de cuidados continuados, até ao final do ano, mas observou que ainda há “muitas unidades por abrir”. O primeiro-ministro anunciou, no final de uma visita à unidade de cuidados continuados da Santa Casa de Misericórdia de Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, inaugurada em 2010, que o Governo está a ultimar cerca de 800 novas camas de cuidados continuados, em todo o país, o que implica um gasto de seis milhões de euros.
Para Manuel Lemos, este anúncio – que já tinha sido feito pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, na audição parlamentar de 26 de junho – é positivo, mas ressalvou que nem todas as Unidades de Cuidados Continuados (UCC) têm a capacidade total ocupada e que ainda há muitas unidades por abrir. Em abril, Manuel Lemos disse haver entre 26 a 28 unidades de cuidados continuados das Misericórdias prontas, mas que não estavam a funcionar por falta de contrato com o Ministério da Saúde. Na altura, o presidente da UMP disse que as dívidas que as várias instituições estavam a comportar, por falta de contratualização com o Estado, deviam ascender a “dezenas de milhões de euros”.
Estas unidades, num total de cerca de mil camas, foram construídas ao abrigo do Programa Modelar, criado pelo anterior Governo socialista, com o objetivo de aumentar a rede de cuidados continuados, através de um trabalho conjunto com as Misericórdias e outras instituições particulares de solidariedade social (IPSS). Em comunicado divulgado, a UMP refere que vão entrar em funcionamento as UCC de Amarante, Cinfães, Ponte da Barca, Celorico de Bastos, Vale de Cambra, Cantanhede, Idanha-a-Nova, Manteigas, Oliveira do Bairro, Pampilhosa da Serra, Porto de Mós, Barreiro, Montijo, Serpa e do Centro Bento XVI da UMP. Durante a visita à UCC de Vila de Rei, o presidente da UMP apelou ainda à estabilidade nas relações com o Estado, destaca o comunicado.
As Misericórdias estão “cientes das dificuldades”, mas sabem que a sua experiência e a opção pelos portugueses “constituem uma mais-valia única que nos tem permitido ser a tal almofada social a que os portugueses se acolhem”, referiu. “Por isso é que reclamamos estabilidade. Estabilidade para as nossas relações mútuas, mas também estabilidade para os que nos governam. Que nos fizeram uma proposta que aceitamos e que devem ter a oportunidade de a cumprir”, frisou. “Cada unidade de cuidados continuados que pomos em funcionamento, cada hospital que estamos disponíveis para receber, cada cantina social que abrimos, cada centro de deficientes ou de crianças em risco, que passam a funcionar melhor, representam outras tantas formas de criar emprego, reforçar o Estado Social, diminuir a despesa pública e servir os portugueses, como o momento impõe e a clarividência exige”, sustentou.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados tem como objetivo a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência.


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