Bombeiros da Covilhã querem vídeo vigilância

O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã aponta para a instalação de um sistema de vídeo vigilância, como uma das primeiras medidas de combate aos fogos florestais. Depois de dois grandes incêndios terem sido registados no concelho, depois da morte de um bombeiro da corporação durante o combate a um destes fogos, […]

O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã aponta para a instalação de um sistema de vídeo vigilância, como uma das primeiras medidas de combate aos fogos florestais.
Depois de dois grandes incêndios terem sido registados no concelho, depois da morte de um bombeiro da corporação durante o combate a um destes fogos, o presidente dos soldados da paz da Covilhã vem pedir medidas de proteção à floresta. Joaquim Matias apresentou um balanço das atividades que foram realizadas pela corporação serrana, ao longo dos últimos meses. Com um território composto “por cerca de 80 por cento de zona florestal”, Joaquim Matias aponta a necessidade de melhores sistemas de vigilância na Covilhã. O presidente da associação humanitária deslocou-se a Lisboa para reunir com o secretário de Estado das florestas num encontro onde, segundo Joaquim Matias, participou também Carlos São Martinho, deputado eleito pelo círculo de Castelo Branco. Um encontro de trabalho que serviu essencialmente “para dar a conhecer a dimensão dos estragos causados pelos dois fogos da Covilhã, nomeadamente os largos milhares de hectares de floresta que arderam, as casas destruídas e todos os custos associados ao combate ao fogo”. Matias diz ter aproveitado o encontro com o responsável governamental para “dar algumas sugestões sobre a forma como se deve defender a floresta, com mais pontos de água, com uma melhor e maior limpeza, mais vigilância e uma real interação entre os ministérios da agricultura e da administração interna”. A título de exemplo de algumas destas medidas, o presidente dos bombeiros aponta para o sistema de vídeo vigilância já a funcionar em três concelhos do distrito. Uma tecnologia que deteta focos de incêndio e alerta de imediato os bombeiros apontando dados como a localização, a velocidade do vento e a possibilidade de propagação do sinistro. Uma tecnologia que Matias diz custar “35 mil euros”, mas que “é um investimento rentável face aos prejuízos dos fogos”. Também Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, apresentou ao secretário de Estado da administração local, o levantamento dos prejuízos em toda a área do concelho. O secretário de Estado é o responsável pelo grupo interministerial do governo para a coordenação de apoio às entidades afetadas pelos incêndios. Segundo o comunicado da autarquia serrana, o levantamento dos prejuízos em toda a área do Concelho da Covilhã, resultantes dos incêndios dos dias 15 e 23 de agosto, e que totaliza cerca de dois milhões de euros. Este valor diz respeito a infraestruturas e equipamentos municipais, bem como prejuízos de particulares nas freguesias da Coutada, Peso e Vales do Rio.

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