Incêndios contaminaram água na Covilhã

A Covilhã está com água contaminada devido aos incêndios florestais deste verão. “Como consequência dos incêndios florestais no concelho da Covilhã especialmente na encosta da Cidade e nas freguesias do Teixoso, Vales do Rio, Peso e Coutada, devido à contaminação das águas subterrâneas após as chuvas da passada semana, vão ter que ser desligadas dezenas […]

A Covilhã está com água contaminada devido aos incêndios florestais deste verão.
“Como consequência dos incêndios florestais no concelho da Covilhã especialmente na encosta da Cidade e nas freguesias do Teixoso, Vales do Rio, Peso e Coutada, devido à contaminação das águas subterrâneas após as chuvas da passada semana, vão ter que ser desligadas dezenas de fontes precárias de abastecimento, já que se verifica a infiltração de cinzas e outros detritos em minas e poços, arrastados com as primeiras chuvas”, revela hoje em comunicado o presidente da Câmara. De modo a evitar a contaminação da rede pública, “foi já tomada a decisão de colocar toda a rede do concelho a ser abastecida exclusivamente por adução de água da pequena Barragem da Cova do Viriato, o que está a reduzir as suas reservas de forma acelerada, verificando-se já uma diferença de caudal armazenado de cerca de 40% relativamente ao mesmo período do ano passado, resultante também da utilização da água da Barragem no combate aos incêndios”, adianta Carlos Pinto. “Sendo esta situação já de há muito previsível, não pode esta Câmara Municipal deixar de protestar publicamente pelos entraves burocráticos de departamentos do Estado que continuam a ser levantados ao pedido de autorização para construção da nova barragem da Ribeira das Cortes, já com financiamento comunitário aprovado, que evitaria a presente situação próxima de ‘calamidade pública’, quanto ao abastecimento de água a cerca de 70.000 pessoas”, frisa. O autarca do PSD apela com “veemência ao Senhor Primeiro-Ministro, para uma intervenção urgente que ponha cobro à indiferença de estruturas da Administração, que não olham à realidade que se vive no país, designadamente em matéria essencial de abastecimento de água, agravada pelos incêndios do mês passado”. Na opinião do edil, “nem a tragédia e consequências colaterais dos incêndios, afectando milhares de pessoas nesta parte do território sempre desprezado, parece mover certas consciências, mobilizando-as para acelerar soluções”.

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