Descoberta nova espécie de cogumelo tóxico

Os Amanita Boudieri são a nova espécie de cogumelos silvestres tóxicos. Com base num trabalho recentemente sobre casos de intoxicação, Gravito Henriques, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, alerta para o surgimento de uma nova espécie de cogumelos silvestres tóxicos: Amanita Boudieri. O objetivo é evitar futuras intoxicações com consequências muito graves para […]

Os Amanita Boudieri são a nova espécie de cogumelos silvestres tóxicos.
Com base num trabalho recentemente sobre casos de intoxicação, Gravito Henriques, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, alerta para o surgimento de uma nova espécie de cogumelos silvestres tóxicos: Amanita Boudieri. O objetivo é evitar futuras intoxicações com consequências muito graves para a saúde. Estes prevalecem onde existem povoamentos de azinheira e sobreiro, sendo que o consumo de cogumelos se baseia ou é exclusivo de uma espécie de desenvolvimento primaveril – a Amanita ponderosa, vulgarmente conhecida, entre muitas outras designações, por tortulho, silarca, tubareiro e regota. «O ano de 2013 teve condições climáticas, muito favoráveis para a produção não só da Amanita ponderosa, mas também de outras espécies semelhantes, habitualmente menos frequentes, ficando os coletores mais sujeitos a apanhar, de forma descuidada, espécies não comestíveis», refere Gravito Henriques. Segundo este especialista, as descrições feitas pelos intervenientes conduziram «à identificação da espécie responsável pelas intoxicações – a Amanita boudieri, sobre a qual, tendo por base uma relação de comparação com a morfologia da Amanita ponderosa, espécie que supostamente estaria a ser apanhada, se referem as características mais salientes». O que os diferencia é que os cogumelos tóxicos, no geral, «eram de menor dimensão; surgiram sob montículos de terra mais pequenos; eram mais moles e frequentemente apresentavam larvas; eram completamente brancos e a cor branca da carne permanecia imutável ao corte; na fase de ovo, o pé e o chapéu já eram visíveis; o pé, sem a volva em forma de saco, característica da Amanita ponderosa, apresentava uma base escura, em forma de cabeça de nabo envolta em terra aderente».

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