O Clube TT Quebra Molas, de Trancoso, anunciou hoje que está a preparar uma atividade para ajudar na reflorestação de áreas ardidas durante o verão na freguesia de Moreira de Rei.
Segundo João Inácio, da direção do clube, a data da iniciativa ainda não está definida, podendo realizar-se no dia 23 de novembro, para quando está agendada a campanha “Florestar Portugal 2013”, ou em outro momento a acordar. O objetivo da jornada será “dar a conhecer à população do concelho [de Trancoso] e de fora a realidade que foi o fogo. Pretendemos mostrar a realidade na tristeza do fogo” que atingiu a freguesia de Moreira de Rei, disse hoje João Inácio à agência Lusa. A atividade constará de uma caminhada mas, como o Quebra Molas está ligado ao todo o terreno, “pode também haver um passeio de jipe”, admite o responsável. “O normal é fazer-se uma caminhada para divulgar locais. A nossa ideia é mostrar à população, para ter conhecimento da área ardida, e consciencializarmos as pessoas para o que ardeu”, acrescentou. Segundo o responsável, a freguesia de Moreira de Rei foi atingida por dois incêndios florestais no mês de agosto deste ano. “No fogo do dia 11 de agosto arderam 1.125 hectares de área e no incêndio do dia 21 arderam 1.306 hectares”, contou. Referiu que o clube Quebra Molas irá apenas realizar a ação de reflorestação nos baldios da freguesia com a plantação de árvores autóctones e “de difícil inflamação para os incêndios”. “Vamos tentar plantar árvores que não sejam tão inflamáveis como o pinheiro, por exemplo, e de fácil limpeza dos terrenos”, adiantou. A direção do clube de todo o terreno de Trancoso está também a procurar envolver na atividade clubes de motos e de BTT locais, com o objetivo de dar uma maior projeção à iniciativa. “Se todos se associarem, em vez de cerca de 100 pessoas que nós costumamos mobilizar nas nossas atividades, poderemos ter 400 ou 500”, vaticinou o dirigente, indicando que o objetivo da organização é “replantar uma árvore por cada pessoa que vá”. No dia da iniciativa a organização também tenciona “pedir um contributo monetário a cada pessoa interveniente”, referiu. O valor obtido será depositado numa conta bancária que foi aberta por uma comissão que tem no terreno uma campanha de solidariedade para com as vítimas do incêndio que atingiu Moreira de Rei, disse João Inácio.