Incêndios: Câmara da Guarda pede “forte músculo financeiro” para reparar prejuízos

Sérgio Costa admitiu que os autarcas do PNSE querem transformar o território atingido “para voltar a ser aquilo que era aos mais diversos níveis, da agricultura, das florestas, da pecuária, do turismo”.

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, disse hoje, 5 de setembro, esperar “um forte músculo financeiro” para que os prejuízos com os incêndios possam ser reparados, que no seu concelho são de “muitos milhões de euros”.


“Aquilo que nós queremos é que haja uma forte vontade, um forte músculo financeiro para que seja possível fazermos todas estas intervenções que precisam de ser feitas, algumas no curto prazo, outras no médio prazo e outras no longo prazo. É muito importante”, disse hoje o autarca.


Sérgio Costa falava aos jornalistas na Quinta da Taberna, na freguesia de Videmonte, concelho da Guarda, à margem de uma reunião de representantes dos concelhos afetados pelos incêndios no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) com o eurodeputado social-democrata Álvaro Amaro, para preparação de um conjunto de iniciativas no âmbito das instituições europeias para minimizar os prejuízos causados pelas chamas.


Questionado relativamente ao valor dos prejuízos que o incêndio causou no seu concelho, o autarca admitiu que são de “muitos milhões de euros”.


No âmbito global da área do PNSE que foi atingida pelas chamas, lembrou que os prejuízos e os custos da reabilitação estão a ser finalizados pela Agência Portuguesa do Ambiente, pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, pelos municípios e pelo Ministério da Agricultura.


Advertiu, no entanto, que, olhando para as serras, para os montes e para os vales atingidos pelo fogo, há prejuízos “que ainda não foi possível calcular”.


“Nomeadamente quanto vai custar retirar toda esta madeira [queimada] para não apodrecer na terra. Quanto é que custa replantar tudo isto. E quanto é que custa a pegada do carbono, a pegada ecológica, o mercado do carbono que, naturalmente, está associado a tudo isto. E são aqueles prejuízos impossíveis de calcular no curto prazo”, explicou.


Sérgio Costa admitiu que os autarcas do PNSE querem transformar o território atingido “para voltar a ser aquilo que era aos mais diversos níveis, da agricultura, das florestas, da pecuária, do turismo”.


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