Ucrânia: Kiev acorda com bombardeamentos e cidadãos tentam fugir da cidade

As primeiras duas explosões foram registadas por volta das 03h00 (01h00 em Lisboa), no centro de Kiev.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje o início de uma operação militar, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia. Mais tarde, durante a noite de hoje, bombardeou várias cidades no território ucraniano fora destes territórios.

Uma das cidades bombardeadas foi a capital do país, Kiev, onde durante a manhã se observaram várias pessoas a tentar abandonar a cidade através das muitas saídas da capital.

Além de pessoas a sair, existem ainda cidadãos a tentarem encontrar abrigo no metro da cidade.

Na galeria acima podem ser vistas várias famílias, na madrugada deste dia 24 de fevereiro, a tentarem encontrar abrigo das explosões que afetaram esta capital europeia.

Recorda-se que as primeiras duas explosões foram registadas por volta das 03h00 (01h00 em Lisboa), no centro de Kiev, tendo sido seguidas pelas sirenes de ambulâncias, segundo jornalistas da AFP. Foram também registados bombardeamentos em Mariupol, Kramatorsk, Kharkiv, no leste da Ucrânia, e no porto de Odessa, situado no Mar Negro.

Até ao momento, foram registados pelo menos oito mortes e mais de uma dezena de feridos nas primeiras horas da invasão russa ao país, segundo o assessor do Ministério do Interior ucraniano, Anton Gueraschenko.

Marcelo Rebelo de Sousa convocou Conselho Superior de Defesa Nacional para as 12h00 de hoje

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou para as 12h00 de hoje uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, comunicou o próprio à agência Lusa.

“Estando a acompanhar o que se passa no leste europeu, em permanente contacto com o senhor primeiro-ministro, entendi dever imediatamente convocar o Conselho Superior de Defesa Nacional para as 12h00 de hoje, no Palácio de Belém, em Lisboa, realizando-se a sessão presencialmente para todos os senhores conselheiros que possam comparecer, mas também por videoconferência para aqueles cuja participação presencial não seja possível”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa à agência Lusa.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas acrescentou: “Era essa a imediata resposta que se impunha, em função do acompanhamento feito em conjunto com o senhor primeiro-ministro e daquilo que era a posição e a solicitação também do Governo, correspondendo à visão que tinha e que tenho da situação vivida”.

“Não queria deixar de dizer aos portugueses que aqueles que são responsáveis por força do seu voto estão não só atentos como na disposição de atuar de forma a estar à altura das circunstâncias, no quadro da ordem constitucional, da estabilidade e da resposta que essas circunstâncias possam determinar”, disse ainda o Presidente da República.


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