A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) refere no seu boletim diário que não coloca “em causa os motivos que levam a estes cancelamentos”, mas que estas comemorações, “geralmente ao ar livre, têm um papel muito importante para o turismo, em particular para a dinamização das atividades da restauração, similares e do alojamento turístico”.
“Perante o impacto que estas decisões têm na confiança de todos, a AHRESP apela para que haja, urgentemente, soluções que compensem a redução prevista de faturação das empresas que dependem, de forma direta e indireta, de ações de promoção turística de promoção do país e do território”, reivindica a associação no boletim.
No documento, a AHRESP faz ainda referência ao uso de máscaras nos bares e discotecas, citando um comunicado divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em que é recomendada “a utilização de máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica na comunidade, em espaços interiores, sempre que possível”.
Múltiplas autarquias, incluindo Lisboa e Porto, cancelaram os seus festejos de passagem de ano devido à evolução da pandemia da covid-19.
O boletim epidemiológico divulgado na segunda-feira pela DGS registava mais 14 mortes e 2.216 infeções nas 24 horas anteriores, havendo também um novo aumento da incidência de infeções do vírus SARS-CoV-2 a nível nacional para 410,4 casos por 100.000 habitantes e uma ligeira descida do índice de transmissibilidade para 1,10.
O continente português voltou à situação de calamidade na passada quarta-feira, com a definição de várias restrições em diferentes setores.
A covid-19 provocou pelo menos 5.253.726 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,13 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.551 pessoas e foram contabilizados 1.169.003 casos de infeção, segundo dados da DGS.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.