Segundo Luís Garra, a Assembleia Cívica P´la Reposição das SCUT´s no Interior será realizada às 15h00, na cidade mais alta do país, em local a designar, “com convite aos grupos parlamentares, ao conselho geral da Plataforma, aos autarcas, aos empresários, trabalhadores e população em geral”.
A iniciativa será para os participantes sensibilizarem “a Assembleia da República no sentido de viabilizar/aprovar” a sua proposta no OE de 2022, que “não contempla coisa alguma” sobre as reivindicações da plataforma.
Caso o OE para 2022 seja chumbado na Assembleia da República, o responsável diz que “não acaba o mundo, nem o país deixa de existir, nem deixa de ser governado” e as propostas “vão-se manter em cima da mesa”.
Na conferência de imprensa realizada nas instalações do NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda, Luís Garra também anunciou outros passos que a Plataforma P’la Reposição das Scut A23 e A25 vai dar nos próximos tempos.
“Vamos reforçar a posição junto do primeiro-ministro, ministro das Finanças, ministro das Infraestruturas e Habitação e ministra da Coesão Territorial, [a] reafirmar a nossa exigência de correção da Portaria [nº138-D/2021 que regulamentou a redução dos preços das portagens] e lembrar as propostas que fizemos que são, como sabem, isenção para os residentes, redução de 50% para todos os veículos automóveis e o compromisso de reposição completa das SCUT’s até ao final da legislatura”, disse.
A plataforma também vai pedir reuniões aos grupos parlamentares, com quem ainda não reuniu, para discutir as propostas para novas reduções do preço das portagens e solicitar uma audiência à comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.
Foi, ainda, decidido pedir reuniões às Comunidades Intermunicipais da Beira Baixa e das Beiras e Serra da Estrela.
No encontro com os jornalistas, Luís Veiga, da mesma plataforma, referiu que subsiste desagrado com o Governo, na medida em que o OE de 2022 “é completamente omisso” em relação à redução das portagens, situação que considera “inaceitável”.
A plataforma continua a exigir que o próximo OE contemple a isenção do pagamento de portagens para os residentes no interior e que a redução de 50% sobre as tarifas esteja em vigor no dia 31 de dezembro de 2021, para todo o tipo de veículos.
Outro elemento, Ricardo Fernandes, lembrou que ainda não estão a ser aplicados, por parte do Governo, descontos de 75% em relação a veículos elétricos e não poluentes.
O presidente do NERGA, Orlando Faísca, referiu que as portagens têm um efeito negativo para o território.
“Nós temos que criar uma discriminação positiva para quem cá reside, para as empresas que cá estão e para quem nos possa visitar. Como é que a nossa região vai conseguir atrair novos investimentos com esses custos de contexto”, questionou.
A Plataforma P’la Reposição das Scut nas autoestradas A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda – a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.