A Comissão Política Distrital do PSD da Guarda alertou hoje para a “politização” da Unidade Local de Saúde (ULS) com a nomeação de um novo conselho de administração que integra o presidente da concelhia socialista.
“Consumada que está agora a nomeação ‘recauchutada’ de todos os elementos para a ULS da Guarda, a distrital do PSD denuncia aquilo que mais descredibiliza e fragiliza a democracia, que é a politização inadmissível das instituições públicas, neste caso na área da saúde”, refere em comunicado a distrital do PSD da Guarda, liderada por Carlos Condesso.
O novo conselho de administração da ULS passou a ser constituído, desde segunda-feira, por João Barranca (presidente), Fátima Cabral, Nélia Faria, António Serra, António Monteirinho e José Monteiro (vogal indicado pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela).
O PSD considera que “o PS com estas nomeações provou, uma vez mais, que primeiro está o partido e a política partidária e, só depois, está a resolução dos reais problemas dos cidadãos”.
“Nomear o presidente da concelhia da Guarda [António Monteirinho], que também é líder do grupo parlamentar do PS na Assembleia Municipal para a administração da ULS da Guarda é, sem sombra de dúvida, um ato de politizar esta instituição”, é referido.
A estrutura social-democrata acrescenta que “mais grave se torna, quando a formação profissional do dito nomeado é Engenharia Mecânica, sendo esta área absolutamente desajustada para a função que vai desempenhar”.
Na nota, a distrital do PSD sublinha que “não é a pessoa que está em causa, mas sim a falta de formação académica, curricular e de experiência evidenciado para o eficiente desempenho de tal cargo”.
“No fundo, as evidências que existem levam-nos a crer tratar-se de um “boy” (mais um!) que vai fazer trabalho político numa instituição onde a prioridade tem necessariamente de ser os cuidados de saúde dos cidadãos, a gestão desses mesmos cuidados e da própria ULS, e não a sua partidarização”, lê-se.
O PSD/Guarda afirma que o PS local já “habituou a esta prática”, apontando que “basta ver o que se passou na Secretaria de Estado da Ação Social, sediada na Guarda, onde foram nomeados vários “boys” sem qualquer formação na área social, funcionando como uma agência de empregos do PS, com o objetivo de fazer o trabalho político do partido no distrito, pagos com o dinheiro dos contribuintes portugueses”.
A terminar, o partido deseja que o novo conselho de administração da ULS “resolva rapidamente os problemas com que os cidadãos se têm deparado, tirando o distrito do estado de agonia em que se encontra”.
O PSD considera que “a prioridade tem de ser garantir cuidados de saúde aos doentes covid e combater a pandemia, mas não podem ser esquecidos os doentes não covid”.
“A construção do pavilhão 5 e a segunda fase do hospital da Guarda, bem como a construção de novas instalações para o Centro de Saúde de Seia têm de estar na prioridade desta administração”, finaliza.