“No cômputo geral, estimamos fechar o ano com uma queda de receita turística na ordem dos 50% a 60%”, adiantou Rita Marques, em entrevista à agência Lusa.
A secretária de Estado lembrou, ainda, que o ano de 2019 fechou com cerca de 18 mil milhões de euros de receita turística.
“Este ano vamos ficar bastante aquém”, acrescentou Rita Marques, sublinhando, porém, que estes resultados estão em linha com a generalidade dos países que têm um padrão de comportamento idêntico ao de Portugal, no que diz respeito à atividade turística.
Questionada sobre a recuperação, a governante lembrou que a Organização Mundial do Turismo (OMT) aponta para uma aceleração da atividade turística a partir do segundo trimestre de 2021.
“Penso que temos condições para no ano de 2021, 2022 termos os números não de 2017, 18 e 19, mas de 2016, que foi um ano positivo, mas não foi um ano extraordinário”, apontou, manifestando ainda a sua convicção de que sem o turismo, não haverá recuperação económica no país.
Campanha mercado interno
No que diz respeito à campanha #TuPodes – Visita Muito Por Pouco, em que o governo faz uma comparticipação nas reservas durante a época baixa, a responsável do Turismo explica à Lusa que os descontos que os operadores turísticos aplicarem entre 05 de outubro e 15 de dezembro têm de ser superiores a 30% para que o Turismo de Portugal comparticipe metade. Para clarificar, a governante usou o exemplo de uma empresa de animação turística que aplica um desconto na ordem dos 30% num serviço que custa 100 euros, recebendo, por via desta medida, 70 euros do consumidor e 15 euros do Turismo de Portugal.
Na entrevista, Rita Marques anuncia ainda o governo vai lançar em breve o programa de incentivo ao investimento turístico Revive Faróis, numa parceria com o Ministério da Defesa, depois de ter lançado esta semana o Revive Ferrovia.