A obra, que irá avançar já este mês, vai custar mais de 300 mil euros e contempla a instalação de novos conteúdos, recurso a novas tecnologias e ainda uma sala inteiramente dedicada ao criptojudaísmo. Uma das respostas que o museu pretende dar a quem o visita é a razão pela qual a comunidade judaica belmontense resistiu durante séculos aos éditos da expulsão ou conversão de D. Manuel I, ao olhar da inquisição ou até ás penas do tribunal.
O projeto pretende tornar o museu mais atrativo e mais focalizado na comunidade judaica de Belmonte que foi reconhecida oficialmente em 1989 e sete anos depois inaugurou a Sinagoga
“Quem visita Belmonte quer saber como foi possível sobreviver esta comunidade judaica resistir quando sabemos da existência de outras comunidades maiores na região, na Covilhã, Fundão, Guarda, Trancoso, Castelo de Vide e onde agora não há nenhum judeu identificado. Para contar a história precisamos da colaboração da comunidade judaica de Belmonte”.
O edil espera que os judeus daquele concelho valorizem o esforço que o município está a fazer “para os dignificar, respeitar o seu passado e as suas crenças na perspectiva de as apresentar no presente para as promover para o futuro. As relações entre a câmara municipal e a comunidade são cada vez mais próximas”, assegura António Dias Rocha. O autarca espera as obras estejam concluídas a 26 de abril de 2017, dia do concelho.