Era uma barreira simbólica que demonstrava a dificuldade de evitar o desemprego na economia portuguesa, mas foi quebrada de forma positiva em julho.
De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional, o sétimo mês de 2016 acabou com menos de 500 mil portugueses inscritos nos centros de emprego do IEFP, o número mais baixo desde julho de 2009.
Ou seja, há exatamente sete anos que a economia portuguesa não conseguia manter tantos cidadãos ativos fora do desemprego.
“No final do mês de julho de 2016, estavam inscritos, como desempregados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 497 663 indivíduos, número que representa 72,8% de um total de 683 973 pedidos de emprego”, revela o boletim divulgado esta manhã pelo IEFP.
O fator sazonal do verão, época do ano em que a quantidade de empregos disponíveis aumenta exponencialmente terá sido um fator decisivo para permitir que se chegasse a este mínimo. O facto do Algarve ter sido a região onde o desemprego mais caiu é um espelho desta realidade sazonal: “A nível regional, e comparando com o mês de julho de 2015, o desemprego diminuiu em todas as regiões do País, com o valor mais elevado na região do Algarve (-19,2%)”.