A Direção-Geral da Saúde (DGS) quer que as embalagens de açúcar individuais servidas com o café passem a conter metade da quantidade habitual (cerca de oito gramas).
Segundo o jornal Público, a proposta já foi entregue ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e Francisco George acredita que a medida possa ser implementada dentro de três meses.
“Pretende-se que a redução para três ou quatro gramas passe a ter caráter vinculativo, obrigatório, e que estes pacotes não sejam distribuídos de forma passiva aos cidadãos, para evitar o desperdício, que se estima em cerca de 40%”, explicou o diretor-geral da Saúde.
Ou seja, nos cafés e restaurantes poderá também passar a ser regra oferecer pacotes de açúcar apenas aos clientes que o requisitem expressamente.
Esta é uma de várias propostas “na fase inicial” de um programa mais extenso a que a DGS chamou ‘Uma nova ambição para a saúde pública’.
O objetivo é reduzir a taxa de doenças como a diabetes tipo 2 e a obesidade, dois dos principais problemas de saúde pública em Portugal, através da moderação do consumo de açúcar.
Cerca de um milhão de portugueses já sofre de diabetes tipo 2 e, segundo Francisco George, há 60 mil novos casos da doença todos os anos.
Em março de 2015, a Organização Mundial da Saúde recomendou que o consumo de açúcares simples adicionados à alimentação se mantivesse abaixo de 10% das calorias ingeridas, o que corresponde a seis colheres de chá de açúcar por dia.
Uma lata de refrigerante tradicional pode conter dez colheres de chá de açúcar.