As novas linhas de financiamento são aguardadas com grande “expectativa” pelos vários agentes do mercado, assinalou Jorge Madeira, da Caixa Geral de Depósitos, uma opinião partilhada pelo vasto painel de oradores. Com efeito, o novo ciclo de programação de Fundos Europeus, Portugal 2020, será “determinante” para a condução da política de reabilitação.
O financiamento disponibilizado por estes fundos deverá favorecer a concretização das metas estabelecidas no compromisso para o Crescimento Verde. Em 2030 “a reabilitação urbana deverá representar 23% do volume de negócios do setor da construção” e o consumo energético na habitação de particulares e da administração pública deverá ser menor em 30%, referiu Abel Mascarenhas, presidente da comissão executiva do IFRRU 2020 e que esteve presente na sessão de abertura da Semana.
Recorde-se que no passado mês de julho foi aprovado em Conselho de Ministros o quadro de funcionamento do IFRRU 2020 – Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas e aprovada a criação do Instrumento Financeiro para a Energia no âmbito do Portugal 2020 (IFE 2020).
O dia terminou com a apresentação da edição 2016 do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, uma iniciativa que reconhece os melhores projetos de reabilitação urbana em Portugal. Esta sessão marcou ainda a inauguração da exposição dos projetos candidatos à edição de 2015 deste Prémio.
A Semana da Reabilitação Urbana, que decorre até 31 de outubro, arrancou com casa cheia no primeiro dia do evento que registou uma elevada adesão de público, prometendo uma Semana animada. Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, esteve na sessão de abertura, frisando que “a reabilitação urbana é cada vez mais uma estratégia para toda a cidade”.
A agenda da Semana da Reabilitação Urbana continua preenchida, com conferências, workshops, exposições e outras atividades a decorrer no Ateneu Comercial do Porto até 31 de outubro.