Poucas PMEs a fazerem negócio na Internet e poucas compras online extra-fronteiras estão entre os pontos que ainda falham.
A análise dos dados do conjunto dos países da União Europeia mostra que a maioria dos objetivos já foram alcançados, nomeadamente o número de pessoas que usam regularmente a Internet ou a disponibilização das redes de nova geração.
Atualmente 75% da população da UE navega online pelo menos uma vez por semana, enquanto 65% faz uma utilização diária da grande rede. Mesmo assim, 18% da população europeia continua sem nunca ter usado a Internet.
Quando estão online, 52% dos europeus costumam ler as últimas notícias e 47% acedem a serviços de governo eletrónico. Já 46% navegam na Internet principalmente para consultar os seus perfis nas redes sociais, enquanto 38% pesquisam música, filmes e jogos.
O mesmo estudo também mostra que 40% da população europeia não tem competências digitais suficientes e provavelmente por isso só 26% dos europeus tiram partido dos serviços públicos eletrónicos transacionais, mas 63% fazem compras online e mais de metade (57%) usam o online banking. Apenas um em cada sete faz compras em serviços de outros países da UE.
Entre os pontos positivos, o relatório mostra também que a banda larga hoje está disponível em toda a UE graças às infraestruturas de rede fixa, cobrindo 97% das famílias. Só a cobertura das zonas rurais permanece insuficiente.
No que diz respeito aos serviços de banda muito larga, ao longo dos últimos dois anos há a contabilizar 20 milhões de novas subscrições em serviços que garantem um débito igual ou superior a 30 Mbps, embora menos de 30% da população europeia tenha uma ligação deste tipo.
Já a Internet no telemóvel é atualmente uma realidade para 79% das famílias, quando há dois anos a taxa de penetração destes serviços não ia além dos 27%.
Na informação relativa ao mercado empresarial, apesar de a Internet ser um ótimo instrumento de vendas, sós 14,5% das PME vendem online, face aos 35% das empresas de maior dimensão, o que representa um crescimento de apenas 3,5% nos últimos cinco anos. Os valores baixam ainda mais quando analisado o requisito de vendas para outros países, uma realidade para apenas 7% das PME.
A realidade digital portuguesa
Portugal surge na 16ª posição do Digital Economy and Society Index que integra o mais recente Scoreboard da Agenda Digital. O país está em 13º no que requisito conetividade, com uma cobertura total do território, embora pouco mais de metade dos portugueses subscrevam serviços de banda larga fixa (53%) e menos de metade (46%) subscrevam serviços de banda larga móvel.
Apenas 61% dos portugueses usam a Internet numa base regular seminal, facto que coloca o país na quinta pior posição do ranking de 28 países da UE. Além disso, 30% da população nunca acedeu à grande rede.
Quando acedem à Internet, os utilizadores portugueses leem normalmente notícias (74%), ouvem música, veem filmes e jogam oline (49%), comunicam via serviços de voz e videochamada (37%) ou via redes sociais (72%). Estão contudo mais relutantes relativamente a atividades que envolvam algum tipo de transação. É o caso do online banking (39%) ou das compras online (39%), que registam valores abaixo da média europeia.
Já no que diz respeito à Integração das tecnologias digitais pelas empresas, Portugal consegue a 12 ª posição da geral, ficando acima da média europeia. De qualquer forma, devia aproveitar melhor as oportunidades oferecidas pelo ecommerce, pelos média sociais e pelo cloud computing. Os dados mostram que são poucas as PME que vendem online (14%) e ainda menos aquelas que vendem online para outros Estados-membros da UE (5,4%).