Já se sabe que a população do distrito da Guarda está envelhecida, o que se desconhece porventura é que cerca de 36,5 por cento dos residentes nos 14 concelhos da região – 56.720 pessoas – aufere pensões de invalidez, de velhice e/ou de sobrevivência. Este dado foi obtido pelo jornal O INTERIOR a partir dos dados oficiais da Segurança Social comparados com a população residente estimada no final do ano de 2013 e que era de 155.512 pessoas.
Contudo, o volume de residentes a auferir pensões será substancialmente mais elevado, já que os quadros consultados não incluem as pensões pagas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA), exclusiva dos funcionários públicos, nem as reformas auferidas por antigos emigrantes e que são suportadas pelos sistemas dos países onde descontaram. Elementos que o jornal O INTERIOR não conseguiu apurar em tempo útil, apesar disso os quadros da Segurança Social divulgados há quinze dias são elucidativos. Os documentos apresentam os valores pagos mensalmente, entre janeiro de 2001 e dezembro de 2014, por centros distritais e por sexo. No caso da Guarda verifica-se que as pensões de velhice estão em maioria – foram pagas 38.461 reformas em dezembro de 2014 –, seguindo-se as pensões de sobrevivência (13.910) e as de invalidez (apenas 4.349).
Comparativamente, em dezembro do ano passado, o centro distrital de Castelo Branco pagou a 70.357 pensionistas, com destaque para as reformas de velhice (47.743 beneficiários) e de sobrevivência (17.494). Nesse mês auferiam pensões de invalidez 5.120 pessoas. Voltando à Guarda, a análise dos quadros oficiais da Segurança Social revela ainda que em março de 2001 foi o mês que se pagaram mais pensões de invalidez (8.482), enquanto em novembro de 2011 pagaram-se mais pensões de velhice (39.276). Nas pensões de sobrevivência o pico de pagamentos aconteceu em outubro de 2010, quando foram pagas 26.190 reformas.
Lisboa, Porto e Setúbal lideram
O número de pensões pagas em Portugal ultrapassa os 3,59 milhões, quase três milhões do regime geral e 613 mil na Caixa Geral de Aposentações (CGA), segundo documentos oficiais citados recentemente pela agência Lusa. A Segurança Social (SS) paga 2.007.120 pensões de velhice, mais 258.448 por invalidez e 718.246 pensões de sobrevivência, que totaliza 2.983.814 pensões pagas no regime geral, dados atualizados a 1 de janeiro deste ano. A CGA regista 613.896 pensões de “reforma, sobrevivência e outras”, pagas a pensionistas da administração pública, que adicionados aos do regime geral totalizam 3.597.710 pensões pagas, segundo cálculos efetuados pela Lusa com base nos documentos públicos disponíveis. A caixa de aposentações divulga que 471.149 correspondem a pagamentos por aposentação e reforma, e 142.747 são retribuições por sobrevivência e outras, com um valor médio de pensão de 1.280,95 euros, à data de dezembro de 2013, conforme os dados mais recentes.
Com base nesses elementos, as mulheres estão em número superior nas reformas por velhice da SS e representam quase 1,1 milhões de pensões, do total de reformas pagas pelo regime geral no final de 2014, sendo uma constante desde 2001. Nas pensões de sobrevivência, as mulheres lideram com diferenças ainda maiores, no final do ano passado 586.132 pensionistas eram mulheres contra 132.114 homens, revelam os mapas estatísticos da SS, consultados hoje. Em termos regionais, Lisboa, Porto e Setúbal representam mais de um terço do total de reformas pagas ao presente pela SS, com 404.083; 305.260 e 157.582 pensionistas, respetivamente. Os Açores, Bragança e Beja são os distritos com menos pensões por velhice, 25.619, 30.557 e 35.151, respetivamente, consta dos mesmos mapas.
