Portugal exporta menos vinho mas a preços mais caros

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Portugal está a exportar menos vinho mas de maior qualidade e mais caro.

As exportado caíram 13% entre janeiro a abril, totalizando 289,5 milhões de litros, mas o valor das vendas ao exterior cresceu 1%, ascendendo a 722,7 milhões de euros, segundo dados Eurostat, que apontam para um aumento de 16% no preço médio do litro (2,50 euros).

A queda em volume deve-se exclusivamente à redução das exportações de vinho a granel para França e Espanha, que totalizaram menos 97 mil hectolitros. “É um vinho que não é determinante para a consolidação da imagem internacional de Portugal”, referem fontes contactadas pelo Dinheiro Vivo.

“O objetivo estratégico na exportação de vinho está na qualidade e no valor e não tanto na quantidade”, defendem os exportadores. Esta queda prende-se também com uma produção inferior em 2013, da ordem dos 70 mil hectolitros.

As exportações para Angola, Reino Unido, EUA, Alemanha, Canadá , Brasil e Suécia – os mercados estratégicos para os vinhos portugueses – atingiram 148,7 milhões de litros, uma quebra de 7%, mas o valor das vendas subiu para 367,1 milhões de euros, mais 3%.

As vendas para Angola, o mercado estratégico com maior peso, caíram 9% em volume, para 60,7 milhões de litros, arrastadas pela quebra na exportação do vinho a granel. Sinal de que se está a exportar mais qualidade, o valor das vendas cresceu 6%, somando 91,7 milhões de euros, com o preço médio a aumentar 16%, atingindo 1,51 euros. A maior queda de volume ocorreu na Alemanha: -18%, para 19,8 milhões de litros e -3% em valor (40,5 milhões de euros),apesar de o preço médio do litro ter aumentado 18%, para 2,05 euros.

Estes valores não comprometem o otimismo para o total do ano, prevendo-se um crescimento entre 1% e 2,5% das exportações, com evoluções mais acentuadas nos mercados estratégicos e nos vinhos engarrafados. Prova da maior qualidade, o preço médio por litro nos mercados estratégicos cresceu 11%, para 2,47 euros, enquanto no mercado total de exportação subiu 16%, atingindo 2,50 euros.

Todas as regiões estão a apostar forte nas exportações. Douro e Alentejo são as que mais participam, logo seguidas dos vinhos verdes. Ultimamente, até regiões mais pequenas têm apresentado um dinamismo muito interessante, como por exemplo o Dão, a Bairrada ou Lisboa.


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