Politécnicos fartos de cortes."Gorduras desapareceram há muito"

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Governo quer tirar 14 milhões de euros ao ensino superior.

Os institutos superiores politécnicos avisam que não aguentam mais cortes orçamentais, como os anunciados pelo Governo para o próximo ano.

Em causa está o funcionamento das instituições, avisa o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato, em declarações à Renascença.

Os politécnicos receberam a notícia de novos cortes “com surpresa”. Joaquim Mourato afirma que as “dificuldades já são tão grandes” que ainda não sabem como vão apertar mais o cinto.

“As instituições têm muito dificuldade em manterem o normal funcionamento. As gorduras há muito desapareceram e agora, qualquer corte adicional, corta no músculo. Por isso, não podemos neste momento estar satisfeitos. Se as instituições vão ter muitas dificuldades em assumir os compromissos já assumidos até ao final deste ano, muito pior será no próximo, além de que terminou a reunião sem conhecermos o plafond das instituições”, frisou o presidente do CCISP.

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) não se considera esclarecido com a reunião desta terça-feira, com o Governo.

O CRUP diz, em comunicado, que aguarda ainda pelos valores das dotações orçamentais e remete uma reação só depois de reunida toda a informação. Mas avisa desde já que não vai permitir que reduzam a qualidade do ensino e da investigação.

Na reunião desta terça-feira o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, anunciou que o Governo quer cortar o orçamento para o ensino superior em 14 milhões de euros, são menos 1,45% do que no ano anterior.


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