É o que está a acontecer com o setor do Turismo, que nesta Páscoa conseguiu resultados 25,4% acima do mês de abril do ano passado, com 3,9 milhões de dormidas, e mais 20,2% nos proveitos. E se somarmos os primeiros quatro meses do ano, diluindo o efeito Páscoa, há igualmente crescimenos assinaláveis: mais 11% nas dormidas e nos hóspedes, de 10,2% nos proveitos globais e de 10,9% nos proveitos de aposento, além de um rendimento por quarto (RevPAR) 8,3% acima do de 2013.
São resultados “muito melhores” do que o já “muito positivo ano de 2013” para o turismo português nos quatro primeiros meses do ano, sublinhou hoje o secretário de Estado do Turismo, permitindo ao país “ganhar quota de mercado de forma substancial”. “Estamos a crescer acima da média da Europa, da Europa Mediterrânica e do mundo”, reforçou Adolfo Mesquita Nunes, apontando o exemplo de Espanha, onde o crescimento foi de 15,9%, quase dez pontos abaixo de Portugal.
E como se explica este sucesso? Para o secretário de Estado do Turismo, pela mudança na estratégia de promoção do país. “Foi a melhor Páscoa dos últimos anos – com taxas e valores recorde, mesmo quando comparados com anos em que calhou no mesmo mês, como 2009, 2010, 2011 ou 2012 – o que comprova que a nossa aposta de promoção via meios de comunicação social, via ‘online’, via redes sociais e via companhias aéreas e operadores turísticos é mais eficaz do que as antigas promoções institucionais que se faziam e a que hoje os turistas pouco ou nada ligam”, explicou Mesquita Nunes.
Desde que assumiu a pasta, o governante alterou profundamente as estratégias, abdicando de campanhas institucionais e apostando antes na promoção boca a boca, na publicitação do destino Portugal nos media internacionais (convidando jornalistas estrangeiros a visitar o país, por exemplo) e nos motores de busca na internet.
Neste período de Páscoa, o Turismo de Portugal apostou numa “campanha direcionada para os mercados de proximidade e tendo por base as redes sociais, os motores de busca e a publicidade online”, além de convites a jornalistas dos principais mercados emissores de turistas para férias da Páscoa na Europa e campanhas junto dos operadores turísticos e das companhias aéreas, justificou Mesquita Nunes.