Trabalho temporário dispara com corrida à compras de Natal

A corrida às compras de Natal só ganha força no início de dezembro. Mas o esforço das empresas para reforçar os stocks de produtos e o número de empregados começa bem antes.

Desde o início de outubro que as empresas de recrutamento estão a receber pedidos de mais trabalhadores. Oferecem-se trabalhos temporários, por um ou dois meses, muitos em regime de part-time e quase todos na área do retalho. São pequenos complementos muito procurados por quem já tem um primeiro emprego. Mas fazem agitar o mercado de trabalho quase como acontece no verão.

As ofertas, recorda Fátima Costa, da Adecco, chegam a subir 50% neste período. “Para alguns setores de atividade, a época do Natal é um importante período de vendas, nomeadamente para as empresas que operam na grande distribuição e, de forma mais generalizada, para todo o retalho”, contou a diretora da unidade de outsourcing da Adecco.

Marisa Duarte, da Hays Response, admite uma subida do número de contratações face a anos anteriores, depois de uma redução abrupta durante a crise. “Com a recente recuperação dos níveis de consumo, este ano poderá trazer já um maior dinamismo na procura por este tipo de contratações”. Os períodos mais agitados são novembro e dezembro, altura em que surgem várias ofertas de uma só vez.

Na Hays também já começaram as movimentações do Natal, “contudo este reforço de equipas tem vindo a verificar-se por períodos mais curtos” e cada vez mais requisitados em cima do Natal. A maior parte das contratações tem como data limite a véspera de Natal, dia 24 de dezembro, mas algumas empresas, refere Marisa Duarte, já esticam os contratos para incluir “um período de troca dos presentes”. A maior parte das pessoas que se candidatam procuram “um complemento financeiro” ao primeiro emprego. Mas também se encontram muitos jovens que pretendem “fazer face às despesas educativas e adquirir experiência”. Lisboa e Porto movimentam um maior número de vagas de emprego.


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