Reitor da UBI considera inviável qualquer cenário de fusão de instituições de ensino superior na região

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António Fidalgo falava no I Forum do Ensino Superior promovido pelas comissões políticas distritais da JSD de Castelo Branco e Guarda que decorreu na UBI.

O Reitor da Universidade da Beira Interior (UBI) considera inviável qualquer cenário de fusão de instituições de ensino superior na região, pese embora a “ameaça brutal de sobrevivência” das universidades e politécnicos sobretudo do interior. António Fidalgo falava no I Forum do Ensino Superior promovido pelas comissões políticas distritais da JSD de Castelo Branco e Guarda que decorreu na UBI.

“Neste momento uma fusão não é viável porque as instituições foram ganhando uma entidade muito própria, e mesmo que, por hipótese académico isso fosse tentado seria muito difícil por parte do poder político de Guarda e Castelo Branco, nós tentámos isso na saúde e não imaginam, não conseguimos”.

António Fidalgo defende uma maior cooperação entre instituições de ensino superior pois se nada for feito têm os dias contados. A recente atualização dos cadernos eleitorais colocou em evidência a perda de população que é a maior ameaça que se coloca à sobrevivência do ensino superior “se nada for feito Coimbra vai ter metade dos estudantes e as instituições do interior vão desaparecer, porque a este ritmo em 2050 teremos 6 milhões de pessoas. Nós temos uma rede completamente inflacionada, quando se fala em racionalização estamos completamente de acordo, agora se há algum dinamismo ainda no interior é aquele que é dado pelas instituições de ensino superior”.

A solução que António Fidalgo vislumbra para combater a falta de portugueses nas universidades é a “importação” de alunos que falem português “a minha solução é muito simples: por cada português que falta entram dois brasileiros e um africano, é essa a minha fórmula, também para haver proporcionalidade porque existem 200 milhões de brasileiros e 60 milhões de africanos”. Uma solução que na UBI já está a ser implementada desde a publicação, em 2014, do estatuto do estudante internacional.

A mobilidade interna, criando uma espécie de Erasmus nacional, que permitisse aos estudantes passarem pela experiência de outras universidades portuguesas foi outra das soluções deixada pelo reitor no primeiro de outros debates que as juventudes sociais democratas dos dois distritos pretende realizar, para terem um instrumento de trabalho para defenderem o ensino superior na região, disse no final à Rádio Cova da Beira, Marco Saldanha, da JSD da Guarda.


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